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02/11/2020 às 6:05 • Atualizada em 21/01/2021 às 0:00 - há XX semanas | Autor: Adriano Motta

MUITO

Plataforma baiana TrazFavela realiza serviço de delivery em bairros periféricos

Diretor de tecnologia, Marcos Silva planeja app | Fotos: Rafael Martins | Ag. A TARDE
Diretor de tecnologia, Marcos Silva planeja app | Fotos: Rafael Martins | Ag. A TARDE -

Algo que revolucionou o modo como interagimos com a comida nossa de cada dia foi a chegada dos aplicativos de entrega nos smartphones. A possibilidade de pedir uma refeição ou fazer as compras do mercado sem sair de casa é mesmo uma das grandes vantagens do mundo moderno. E durante um período em que as pessoas precisam especialmente ficar em casa, passaram a ser ainda mais essenciais. No entanto, ainda há uma grave lacuna: o atendimento nas regiões periféricas das cidades.

Os aplicativos mais usados no mercado não alcançam esses lugares, caso do Uber Eats – que não entrega no subúrbio ferroviário – ou chegam de maneira bastante limitada a tais localidades, com poucas opções de estabelecimentos e sem entregas de outros produtos, como é o exemplo do iFood. Com baixa cobertura em uma grande área da cidade, havia potencial para outros players entrarem em um jogo de dezenas de bilhões de reais.

Foi o que Iago Santos percebeu, há três anos, quando trabalhava junto a empresas de logística de entregas via aplicativo. “Eu via isso e achava muito estranho. Foi aí que comecei a estudar sobre empreendedorismo e ver o que poderia fazer para mudar esse cenário”, lembra. Daí surgiu o TrazFavela, o que o próprio Iago, CEO e cofundador da plataforma, chama de aplicativo “sem preconceito com a área de entrega”.

A ideia da equipe é cobrir todas as áreas periféricas de Salvador, pensando futuramente em expandir o conceito da plataforma para alcançar outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo.

Um dos pontos principais do conceito do app é fazer girar a roda da economia dentro dessas comunidades, algo que não deixa de ser um grande desafio. De acordo com dados do Outdoor Social, em 2019, as comunidades periféricas do Brasil movimentaram 119 bilhões de reais em consumo. Uma roda que o TrazFavela busca girar.

“Não somos apenas números. Nos enquadramos em quatro ODS (Objetivos de desenvolvimento sustentável) da ONU e queremos gerar aumento de renda para os comerciantes das periferias, usando mão de obra local”, afirma Iago.

Plataforma

A empresa é formada por apenas quatro pessoas e está em operação há mais de um ano, ainda via WhatsApp. A plataforma conta com mais de 100 entregadores e 80 estabelecimentos cadastrados atualmente.

“Muitos comerciantes nessas localidades querem ter serviço de entrega também, mas acabavam limitados, pois os aplicativos não cobriam”, afirma Marcos Silva, o diretor de Tecnologia da plataforma. E os dados de uso do TrazFavela até aqui corroboram essa percepção: até junho, mais de duas mil entregas foram realizadas através do aplicativo, até mesmo para regiões fora da periferia de Salvador.

Mais da metade das entregas através do intermédio da TrazFavela são feitas em áreas que não contavam com nenhuma cobertura dos outros aplicativos de delivery do mercado. Também houve um aumento de 55% na renda dos comerciantes que passaram a usar a plataforma.

A pandemia impactou o TrazFavela, mas de modo positivo. “Ajudou, o delivery passou a ser mais exigido e as pessoas sentiram a necessidade de pedir isso em casa, mas não eram atendidos”, diz Marcos. No mês de abril, um dos picos do isolamento social no país, o aplicativo viu um crescimento de mais de 100% na sua base de dados.

Imagem ilustrativa da imagem Plataforma baiana TrazFavela realiza serviço de delivery em bairros periféricos
Iago Santos é CEO e cofundador da plataforma

Potencial

O desempenho chamou a atenção não só do público, mas também de investidores. Durante o período de pandemia, o TrazFavela fez uma campanha de financiamento coletivo onde conseguiu arrecadar cerca de R$ 20 mil.

No último mês, a plataforma baiana foi uma das três primeiras startups do país contempladas com aporte financeiro do Black Founders Fund, fundo de investimento do Google For Startups, que conta com recurso inicial de R$ 5 milhões. “O programa foi muito interessante, serviu para abrir nossa cabeça e uma prova do nosso potencial”, diz Marcos.

O principal desejo da equipe da plataforma no momento é conseguir o dinheiro necessário – cerca de R$ 625 mil, de acordo com Iago – para o desenvolvimento do aplicativo do TrazFavela, o que para eles seria importante. “É a nossa próxima etapa de crescimento. O aplicativo ajudaria muito a automatizar processos que ainda são muito manuais”, explica Iago. O projeto está em desenvolvimento e perto de uma fase final.

Por ora, ainda não há uma data prevista para o lançamento. “É como construir um prédio de 40 andares com uma pessoa só”, lembra Marcos, a pessoa por trás da criação do aplicativo.

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