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21/01/2019 às 9:30 • Atualizada em 21/01/2019 às 15:24 - há XX semanas | Autor: Daniel Oliveira | Fotos: Adilton Venegeroles | Ag. A TARDE

MUITO

Regina Casé: "Sempre achei interessante a complexidade da Bahia"

A atriz irá estrear em Salvador o espetáculo Recital da Onça
A atriz irá estrear em Salvador o espetáculo Recital da Onça -

Ao longo do tempo, Regina Casé vem construindo uma forte ligação com a Bahia. Esteve em Salvador pela primeira vez na pré-adolescência, com a família, logo após imersão em leituras de Jorge Amado. Na juventude, nos anos 1970, retornou outras tantas vezes e aprofundou laços afetivos com a cidade, enquanto fez amizades sólidas que leva para a vida. “Chegou uma época que tinha mais, ou o equivalente, de amigos baianos e cariocas”, diz a atriz e apresentadora, numa tarde ensolarada em sua casa no Centro Histórico de Salvador. De lá para cá, o verão soteropolitano tornou-se “sagrado”. Neste ano, aproveita as férias e, paralelamente, ensaia para apresentar o Recital da Onça – mistura de recital e monólogo, com texto dela e de Hermano Vianna e direção de Estevão Ciavatta e Hamilton Vaz Pereira – no Espaço Cultural da Barroquinha, nos dias 23, 24, 30 e 31 de janeiro e 6 e 7 de fevereiro. No enredo, a personagem recebe um convite para dar uma palestra fora do país sobre literatura brasileira. Com a ajuda da plateia, vai selecionando os textos e autores. Além de marcar a sua volta ao teatro, após mais de duas décadas, o espetáculo também é uma espécie de aquecimento para outros projetos deste ano, no qual pretende dedicar-se mais ao trabalho de atriz. Já é certo, por exemplo, que vai atuar numa novela da autora baiana Manuela Dias, na Rede Globo. Na entrevista, ela fala do Recital da Onça, do momento de transição na vida profissional, da relação com a Bahia e do contexto político brasileiro.

Você inicia o ano apresentando o Recital da Onça em Salvador. Como a ideia de fazer o espetáculo foi concebida nesse momento da sua trajetória?

Estava com muita vontade de voltar para o palco. Há muitos anos, no réveillon, quando as pessoas fazem as suas metas, falo que vou equilibrar ser atriz e apresentadora. A vida inteira fui migrando da tela e do palco como atriz para apresentadora, porque tinha alguma ideia que me apaixonava e eu ficava a serviço dela. Não era propriamente uma ambição de me tornar apresentadora. Mas foi ganhando tanto espaço que, quando me chamavam para fazer novela, filme ou peça, eu falava: “Ah, tem tanta atriz maravilhosa, a Glória Pires pode fazer, a fulana pode fazer”. E esses programas, Central da Periferia, Brasil Legal, Esquenta!, as atrizes não iriam fazer. E esse lado ia ganhando. Isso me incomodava, porque sempre amei meu trabalho como apresentadora, mas chegou uma hora que eu estava perdendo muito, emocionalmente, não estando como atriz. Quando dou um pulinho lá, como em Que Horas Ela Volta?, entre uma temporada e outra do Esquenta!, resulta numa coisa tão boa para mim e para tanta gente. E até mesmo o reconhecimento como atriz é muito maior do que como apresentadora. Estava com muita saudade de estar em cena. Até hoje se for escrever num hotel qual é a profissão, escrevo atriz de teatro, apesar de muito tempo longe.

A experiência no filme Que Horas Ela Volta? contribuiu para reacender esse desejo?

O desejo e a cobrança. Os amigos, público, diretores falavam assim: “É uma loucura, você é uma atriz muito legal, não deveria ficar sem atuar”. Já sentia isso. E aí veio mais forte.

Ir à padaria aqui é mais interessante do que ver uma peça na Broadway

Por que a escolha do recital para o retorno ao palco?

Não dava tempo de fazer um espetáculo teatral, que era algo que eu queria. Eu, Hermano Vianna e Sandra Kogut estávamos há um ano pensando o que seria um espetáculo mesmo de teatro para eu voltar em cena. Hoje em dia é uma loucura montar uma peça, precisaria de mais tempo. A gente gastou quase um ano pensando e escrevendo. E resolvi aceitar fazer uma novela, que foi uma revolução na minha vida. Vou fazer uma novela na Globo este ano. Fiz a última há 200 anos. Dessa vez uma novela da Manuela Dias, dirigida pelo [José Luiz] Villamarim. E eles foram tão calorosos, amáveis e amorosos comigo, dizendo que tinha quer ser eu, que não existia outra pessoa. O projeto do programa novo já estava aprovado para começar em outubro. Você imagina o que foi para mim e para o meu coração largar aquilo tudo? A minha equipe, que trabalho também há duzentos anos, se espalhar pelo mundo. Mas eu quero. Já que desequilibrou tanto a balança para o outro lado, quero botar o peso todo na atriz. Agora vou fazer teatro, cinema e novela. Depois volto com programa novo. E na hora que resolvi fazer novela me deu mais vontade de aquecer no teatro, como atriz. Porém, não queria deixar de tirar férias, porque verão na Bahia é sagrado. Então, pensei como ficar na Bahia e aproveitar a Bahia. Você vê que os dias que escolhi para a peça, quarta e quinta, são os que têm menos ensaios [musicais, de verão], porque gosto de ir ao Cortejo, para o Ilê, para o Olodum. Então, não vou sofrer muito (risos).

Então, o Recital da Onça é também uma espécie de aquecimento...

Sim, mas aí pensei: “O que a gente vai fazer?”. Meus amigos todos, Hermano, Caetano [Veloso], Estevão, meu marido, todo mundo adora que eu leia. Meu filho adora. Ele mesmo diz: “Mãe, você faz isso muito bem. A pessoa entende tudo”. E comecei lendo coisas. O Hermano trazia e falava “leia isso aqui”. Muita coisa. E fiz uma seleção para a Bahia, que em outros estados pode ficar totalmente diferente. A ideia é ler coisas variadas. E não ficou só a leitura, comecei a comentar as coisas. O Recital é a história de uma mulher que foi chamada para fazer uma palestra fora do Brasil sobre literatura brasileira e pediram para levar o máximo de autores. Fico resolvendo com a plateia se leio esse ou aquele. Qual ganhou, se continua, se para. Mas não vou dar spoiler de tudo.

Essa ligação com a Bahia é muito presente na sua vida há décadas. Você vem para cá com uma certa frequência, sobretudo no verão, tem casa aqui, apresenta a cidade para amigos de outros estados. Na contracapa do disco Cinema Transcendental, de Caetano Veloso, há algumas imagens de vocês em Salvador no final dos anos 1970...

E no álbum Cores, Nomes [também de Caetano] tem a foto que mais amo: eu e Dedé (Gadelha) na Praça Castro Alves. Estou com uma roupa roxa, a cara pintada. Era o Carnaval na Praça Castro Alves.

Mas você já disse que veio também na infância. Qual é a raiz desse vínculo afetivo?

Acho que foi somando todos esses momentos. Minha mãe tinha amigos baianos que eu adorava. A primeira vez, vim de navio com meus avós, porque meu avô era pernambucano, de Caruaru, e tinha medo de avião. A gente ia até o Recife e pegava o carro. E aí essa primeira vez me marcou muito. Fiquei louca para conhecer melhor. Tive imediatamente uma afinidade tremenda, um pertencimento. E depois, quando conheci Caetano, fiz muitos amigos baianos. Chegou uma época que tinha mais, ou o equivalente, de amigos baianos e cariocas. E comecei a vir muito novinha, com 20 anos, para a casa deles. Ficava na casa do Caetano ou do Gil. Uma generosidade tremenda deles. E Caetano extensiva à toda família. Desde os anos 1970 vou a Santo Amaro em fevereiro. Tive um aprendizado do que é a Bahia culturalmente, todas as tradições, sejam religiosas ou não, com Dona Canô, com Mabel, com Clara Maria, Rodrigo e Bethânia, uma amiga que sou muito apaixonada, discípula e pupila. Então, ela falava: “Olha isso, olha aquilo”. Cada coisa que foram me mostrando fui adorando. E hoje em dia levo muito baiano para ver coisa que o baiano não conhece, virei zeladora. Digo que tem dois zeladores de todas essas coisas. Gil e Caetano são das coisas grandiosas, mas do miudinho, da vida cotidiana, de como o pobre da Bahia se diverte, sou eu e Alberto Pitta.

O que você mais gosta na cidade hoje?

Primeiro, que ela se renova demais, não é aquela coisa do exótico e do pitoresco. Gosto muito de rituais. Tenho uma amiga que era para ser totalmente patricinha, viajada, rica, mas ela diz: “Aqui acontece muito mais coisa que em Berlim. Todo dia tem cinco coisas para escolher o que vou fazer”. Na minha rua, por exemplo, tem um restaurante vegano que já tem anos de existência, agora que está na moda. Em frente, um centro anarquista, aula de [Mikhail] Bakunin. A escadaria do Paço. No final da rua, o forte de Santo Antônio. Anos e anos vi o ensaio do Ilê ali. No dia que acabou a novela, todo mundo se reuniu aqui na pracinha. Parecia final de Copa do Mundo. Quando acontecia alguma coisa com o malvado, todo mundo gritava. Ir à padaria aqui é mais interessante do que ver uma peça na Broadway.

Como é o seu o cotidiano nesse período de verão?

Aqui na Bahia as pessoas me tratam como o contrário de uma celebridade. Ando na rua e às vezes as pessoas passam aqui na frente de casa e falam: “E aí, Regi, está descansando, amor?”. Aí passa o outro e diz: “Chegou, amor?”. Ninguém diz: “Regina Casé, quero tirar uma foto”. É outra levada, entendeu? Um outro jeito de lidar. O que estou querendo é isso com as pessoas. E não dou conta de fazer tudo que quero. Vou para supermercado, feira de São Joaquim, vou à missa, segunda em São Lázaro, terça no Rosário. E festa pode me convidar que eu vou, principalmente se for para cantar e dançar.

Costuma sair no Carnaval em Salvador?

Costumava sair muito mais. Mesmo quando meus amigos começaram a passar em camarotes, fiquei menos aqui. Fico até o dia que começa o Carnaval, no máximo até sábado, aí vou para o Curuzu, vejo a saída do Ilê. Hoje em dia não é só muito cheio e grande, como também sou muito mais conhecida e isso atrapalha ficar na rua. Há um ou dois anos, tentei ir no Furdunço, saí com uma turma, estava todo mundo animado, mas estraguei tudo, porque veio muita gente em cima. Acompanho os ensaios, as transformações recentes, o BaianaSystem, tudo isso. Mais nos ensaios do que na rua propriamente. Dá para ir e ficar olhando de longe. Não que seja ruim, gosto de ir no camarote até, mas não gosto que fique somente naquilo. E no Rio tenho uma ligação profunda com Escola de Samba. Sempre tentei dividir.

Você já disse, em outra entrevista, que sempre se identificou, especialmente, com as culturas de matriz africana. Isso também explica, de algum modo, essa aproximação com Salvador?

Não acho nem que explica. Lógico que é muito forte e determinante. Mas é muito mais complexo. Aqui na Bahia sempre fiquei impressionada como é forte o balé e a dança. Desde a Orquestra Sinfônica ao toque no terreiro de Candomblé, o que achei sempre interessante é a complexidade da Bahia. As pessoas, às vezes, não se interessam porque enxergam a Bahia, a partir da presença da cultura negra, de maneira exótica e superficial. A grandeza daqui é que isso tudo tem um peso enorme, mas é misturado com milhões de outras coisas. Agora, isso me interessa muito porque desde que nasci, as coisas mais legais que me aconteceram, todos momentos mais felizes e mais plenos da minha vida, tinham alguma ligação com a cultura que veio da África. E fui me dando conta disso com o passar do tempo. Todo o meu trabalho, a minha vida, os meus relacionamentos, tudo. Não é somente a busca disso porque quero ser feliz e estar perto daquilo que me dá alegria e prazer, mas também de uma sensação, que não é reparatória, mas de retribuição. Penso: “Olha quantas coisas essas pessoas fizeram para a minha felicidade, para a minha formação, para eu ter uma filha que se chama Benedita, um filho que se chama Roque”. Tudo isso veio daí. Tenho que retribuir a minha existência.

Como é a sua relação com literatura?

O período da minha vida que eu mais li foi a adolescência e o começo da juventude. Depois os trabalhos que fui fazendo foram tão direcionados que, por exemplo, li muita coisa de botânica por causa do Um Pé de Quê? [programa de televisão]. No Brasil Legal, cultura popular; então, ia esbarrando do Câmara Cascudo ao Pierre Verger. Passei anos da minha vida que não lembrava de romance, de ler poesia. Era uma coisa muito direcionada ao que estava fazendo na hora e já não era pouco. Agora, por causa da peça, estou lendo O Candomblé da Barroquinha, do Renato da Silveira. Vou buscando os livros. E , evidentemente, Jorge Amado, que comecei a ler muito jovem. Conto isso na peça. Com 11, 12 anos, tinha acabado de ler Capitães da Areia, quando vim para cá. Então, você imagina aquela coisa adolescente, aquele tesão. Pensava: “Todo mundo é assim lá”. Foi importante para eu gostar da Bahia e de ler.

A sua trajetória, considerando as diferentes fases, vai do teatro, com o Asdrúbal Trouxe o Trombone, à televisão (Brasil Legal, o Esquenta! etc.), passando por trabalhos no cinema (Que Horas Ela Volta?, Eu, Tu, Eles). Você citou antes a vontade atual de equilibrar mais. Também sente falta de ser identificada mais diretamente a alguma dessas áreas?

É engraçado que as gerações mais novas não acham que sou atriz. Ou, no máximo, de cinema. E me identificam muito mais como apresentadora. Então, sinto falta disso porque não é nem um pedaço meu, mas talvez o maior pedaço. Mesmo quando estou apresentando o Esquenta! ou Central da Periferia, acho que sou eu, a Regina atriz do Asdrúbal Trouxe o Trombone que está ali fazendo aquilo. E as pessoas, em geral, sempre acham que sou a apresentadora de TV. Mas também me dediquei tanto à televisão porque sempre achei absurdo o preconceito contra a TV. Quando fiz Que Horas Ela Volta?, algumas pessoas diziam: “Agora, sim”. E a contribuição da TV para o Brasil sempre foi maior do que os problemas – não que ela não tenha causado muitos e não tenha mil problemas. Porém, no Brasil, mesmo com a educação tão deficiente que tivemos durante anos, as pessoas aprenderam, se entenderam e se comunicaram muito no país inteiro através da televisão. Tenho muito orgulho do trabalho que fizemos. Eu, Guel Arraes e toda a turma.

Já realizou o maior desejo profissional?

Não tenho um maior desejo profissional, assim, separado, não. Tenho um pouquinho de vontade. E não de algo que nunca realizei, até porque faço um esforço danado para que o meu desejo esteja no presente. Acho que quando o seu desejo vai para o futuro ou para o passado, você está lascado. Então, quando fiz Eu, Tu, Eles, com Andrucha (Waddington, diretor), que fez sucesso fora do Brasil, e depois Que Horas Ela Volta?, achava que tudo que era bom naquele trabalho um gringo nunca iria perceber. Como ele iria saber que era um sotaque pernambucano? Ou que uma empregada tem aquela postura corporal? Mas eles perceberam. E elogiaram, se interessaram e gostaram daquilo tudo. Ficaram muito surpreendidos, nos dois filmes. Em vários lugares, críticos achavam que eu era uma empregada doméstica e que era algo documental. E descobriam que era atriz e falavam: “Nossa, como ela parece tão pobre”. Isso é representar esse pedaço enorme da população do Brasil. Se reparar na minha trajetória, só fiz papel de pobre, nordestino. E não teve uma intencionalidade, no sentido de “só aceito se for isso”. Mas esse fato me confere um “lugar de fala”, como se diz hoje, que foi meio uma conjunção de coisas que foi me colocando nesse lugar, do qual me honro muito. Então, meu desejo é conseguir fazer mais coisas, seja em cinema, em televisão, mas agora estou pensando muito no teatro, fora do Brasil. Fiquei muito interessada em como eles me entendem, em como consigo traduzir o que é o Brasil e tudo que eu faço aqui há anos. Com Que Horas Ela Volta?, me deu um ânimo de dizer: “Eles vão entender e gostar”.

Qual é a sua personagem na nova novela?

Não posso dizer muitas coisas ainda. Mas é uma mãe.

Você sempre expressou um interesse profundo pela diversidade cultural brasileira como algo original – o que se evidencia em seus trabalhos. Atualmente, as afirmações identitárias estão mais segmentadas, o que envolve uma rede de afetos e aproximações. Mas, por outro lado, isso às vezes é visto como sectarismo. Como enxerga os movimentos identitários hoje no Brasil?

Isso começou muito com conquistas feitas nos Estados Unidos, com essa compartimentalização. E conquistas, avanços foram feitos. Acho que isso estimulou as pessoas a irem para esse lado, que não era um lado que antes estávamos caminhando. Tem os dois aspectos e, dentro deles, um positivo e um negativo. Para mim, a desigualdade está antes de qualquer negócio, atravessa todos os outros assuntos. O Brasil é tão desigual que tudo que possa contribuir de alguma maneira para diminuir essa desigualdade vale a pena, mesmo que idealmente ou teoricamente não fosse também o ideal. E que a gente pudesse fazer isso de uma maneira mais misturada, digamos assim. Mas se aquilo confere à existência de um garoto ou uma garota que está vivo aqui, agora, os seus direitos garantidos e felicidade, acho que vale a pena até essas divisões. Tudo que cria menos sofrimento e mais igualdade.

Você amar quem é igual ou parecido é moleza, o desafio agora é amar o diferente.

De 2017 para cá, ocorreu um acirramento das disputas de valores no Brasil e um crescimento do conservadorismo, ao menos numa feição mais prática e explícita. Imagina como o Esquenta!, um programa da diversidade, estaria inserido nesse contexto?

Todo mundo fala agora disso, mas acho que a gente está calejado de lidar com a coisa conservadora há tanto tempo... A gente tem esse embate há muito tempo. O Esquenta! enfrentou isso desde o primeiro dia.

Sobre o turbulento contexto político brasileiro, qual é o caminho que você enxerga para uma melhor convivência social atualmente?

Acho que tem que partir de cada um buscar uma ponte. Ver o que tem naquela pessoa de canal para que ela me ouça e que eu também consiga ouvir. Se todo mundo estava vivendo junto antes, não estava nessa polarização, nessa guerra, como as pessoas estavam convivendo? Por mais que várias coisas estivessem reprimidas para os dois lados, essas pessoas tinham algumas áreas afetivas em comum. O caminho agora é a construção de não só um lugar possível de convivência, mas de, principalmente, no dia a dia, cada um ir buscando isso. Você amar quem é igual ou parecido é moleza, o desafio agora é amar o diferente. É preciso achar o jeito, não para aceitar inteiramente. Amor é transformação dos dois lados.

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