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SEXUALIDADE E CULINÁRIA

Segunda temporada da série Da Manga Rosa estreia dia 21 no GNT

Estrela da atração, Dadá demonstra estar em total sintonia com as temáticas da série

Por Gilson Jorge

19/01/2025 - 0:00 h
Imagem ilustrativa da imagem Segunda temporada da série Da Manga Rosa estreia dia 21 no GNT
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Com um grande senso de humor e a espontaneidade tipicamente nordestina, a piauiense Dadá Coelho levava às gargalhadas a equipe da novela Da cor do pecado, gravada em 2003 e 2004 no Maranhão, e na qual Dadá trabalhava na produção local. Fez tanto sucesso nos bastidores que a diretora Denise Saraceni a convidou para gravar uma cena como figurantes da novela, que tinha como assistente de produção Cecília Amado, neta do escritor Jorge Amado. Dadá e Cecília, que se conheceram naquele momento, seguiram rumos diferentes.

Formada em jornalismo, Dadá viajou ao Rio de Janeiro para participar da festa de encerramento da novela e acabou ficando pela cidade, onde consolidou-se como influencer digital e humorista. Nascida no Rio de Janeiro, Cecília Amado fez um movimento diferente. Depois de dirigir em 2011 o filme Capitães da Areia, baseado no livro do avô, a cineasta abriu em Salvador uma produtora chamada Tenda dos Milagres, juntamente com as sócias Jamille Fortunato e Lara Belov e se dedicou a temas feministas, infantis e nordestinos. Lara deixou a sociedade para tocar projetos pessoais e foi substituída depois pela produtora Kari Paz.

Um dos produtos da Tenda dos Milagres, a série Da Manga Rosa estreia sua segunda temporada nesta terça-feira, no canal GNT, com direção de Cecília e com Dadá como apresentadora. "Eu tinha apresentado um projeto para a Globo. Me disseram que no momento não poderia ser feito, mas me perguntaram se eu não queria fazer o Da Manga Rosa", conta Dadá.

É um programa sobre sexualidade feminina e culinária, voltado principalmente para mulheres entre 45 e 55 anos, que começou como produção independente e agora está sendo produzido pelo canal por assinatura do Grupo Globo. Na mudança, o programa que foi apresentado pela própria Cecília na primeira temporada passa a ser apresentado por Dadá, que circula por localidades do Nordeste e do Pará, conversando com mulheres sobre os prazeres de cama e mesa. Tem assunto melhor?

Estrela da atração, Dadá demonstra estar em total sintonia com as temáticas da série. "Quando me convidaram para fazer o programa, eu pensei: gente, hackearam o meu bloco de notas", brinca a artista, que recorre à astrologia para comentar a sua relação com a comida. "Eu sou taurina. Pense em uma mulher que vive com o bucho cheio. Paulo, meu marido, diz que eu tenho uma fome ancestral", conta a humorista.

Cecília Amado afirma que o projeto da série começou a ser pensado há mais de uma década. "Eu queria muito fazer uma série sobre sexualidade para mulheres que não tivesse aquele perfil daquelas velhinhas especialistas em sexo, que dão opinião científica", declara a diretora, ressaltando que as alternativas que tinha visto eram programas mais voltados para o erotismo em canais como a MTV. "Era mais uma coisa para o homem, algo picante, do que realmente falar das questões da sexualidade feminina", pontua Cecília.

Em conversa com sua mãe, a escritora Paloma Amado, especializada em gastronomia, surgiu a sugestão de acrescentar o ingrediente culinária ao projeto. "Ela tinha acabado de fazer uma série de conferências na América Latina sobre a culinária dos sentidos. E ela fala muito da nossa sensualidade, uma coisa presente na literatura de Jorge Amado ", afirma a diretora, destacando como se usam os sentidos e a sensualidade na hora de comer. "O primeiro argumento que surgiu em Da Manga Rosa foi feito por ela, juntando esses dois elementos ", afirma Cecília.

A primeira temporada foi produzida integralmente na Bahia, a partir de um edital da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb). "Nela, eu apresento, eu vou para a frente das câmeras fazer as perguntas no tom que eu queria fazer. E a minha mãe participa fazendo um quadro em que ela junta literatura com essa parte gastronômica e sensual", pontua a diretora.

Com a primeira temporada pronta, a GNT se interessou pelo projeto e, além de exibir o que estava produzido, associou-se à Tenda dos Milagres para a produção da segunda temporada, com a inclusão de uma apresentadora. "Eu já não queria estar à frente das câmeras, sou diretora há 30 anos, é o que sei fazer", afirma Cecília. A primeira temporada está disponível no GNT e também streaming Globoplay para assinantes.

Um outro projeto que está sendo desenvolvido pela Tenda dos Milagres é um documentário, ainda sem nome, sobre os 40 anos do Circo Picolino, que se completam no fim deste ano. "Esse é um projeto antigo, já era um sonho de Anselmo Serrat, um dos fundadores do Picolino junto com Verônica Tamaoki ", declara a produtora Karina Paz, que foi aluna e produtora do circo. Antes de fundar o circo, Anselmo, morto em 2020, trabalhou como fotógrafo de cinema. "A filha dele, Apoena Serrat, também é do audiovisual e volta e meia a gente falava disso", pontua Karina.

Com a instituição da Lei Paulo Gustavo de incentivo à cultura e a aproximação dos 40 anos do circo, a Tenda resolveu inscrever o projeto de um filme em um edital. "Nós estávamos na lona. Anselmo morreu, veio a pandemia, uma lona do circo rasgou. Então, decidimos concorrer a um edital para fazer o documentário ", conta a produtora.

O filme, que deve estar pronto em dezembro, seguindo as regras do edital, aborda a existência de um circo à beira-mar e a luta por território dentro de uma cidade grande. Mas, até pelo perfil da produtora, enfoca também o protagonismo de Verônica Tamaoki na criação em Salvador de um dos principais circos do Brasil.

A produção do filme encontrou mais de 300 fitas em VHS que estão sendo digitalizadas. "A gente ia fazer o filme com base em entrevistas e no acervo. Mas no ano em que a gente está filmando isso, o circo passa por toda uma revolução. Tem a obra da prefeitura na orla, a ameaça de retirada do circo, o Picolino ganha um edital de manutenção da Funarte e recebe uma lona doada pela comunidade circense de São Paulo", conta Karina, explicando a decisão de gravar os eventos que estavam acontecendo para incluir no documentário.

O edital é o da SalCine, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.

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