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Amish enterram meninas e temem por seu modo de vida

Por Agência Reuters

05/10/2006 - 20:24 h

Os amish da Pensilvânia começaram a sepultar as meninas mortas no massacre escolar de quinta-feira, enquanto temem que seu discreto modo de vida rural esteja sendo vitimado pela modernidade.



O primeiro cortejo fúnebre de 37 charretes trotou pela rua principal de Georgetown, formado por amish vestidos de preto, com semblantes lúgubres.



A poucos quilômetros dali fica a escola invadida na segunda-feira pelo caminhoneiro Charles Carl Roberts, que vivia na região, mas não era da seita amish. O homem deixou apenas meninas de 6 a 13 anos na única sala da escola, amarrou-as e baleou dez delas, das quais cinco morreram. Em seguida, se suicidou.



À frente da procissão ia uma charrete com o caixão de Naomi Rose Ebersol, 7. Três outros enterros estavam marcados para quinta-feira, e um outro para sexta.



No hospital Hershey, os médicos se preparam para desligar os aparelhos de uma sexta menina e permitir que ela seja levada para morrer em sua casa, disse Rita Rhoads, a parteira que deu à luz duas das vítimas, enquanto esperava o cortejo fúnebre.



Quatro outras meninas permanecem hospitalizadas.



Rhoads disse que as famílias das vítimas perdoaram o agressor, seguindo os preceitos bíblicos. Um dos avós visitou parentes de Roberts para transmitir esse recado, e a família de Roberts deve visitar as famílias das vítimas após os funerais.



A parteira disse também que os parentes das vítimas contaram que as meninas demonstraram coragem na sala de aula e que os pais estão aliviados de saberem que não chegou a ocorrer abuso sexual contra as garotas -- o que segundo a polícia Roberts pretendia fazer.



"Elas sabiam que seriam baleadas, e ninguém implorou para não ser baleada", disse Rhoads.



As mães e outras mulheres vestiram os corpos das meninas de branco dos pés à cabeça, seguindo a tradição amish, um processo que lhes deu a oportunidade de um velório privado, segundo Rhoads.



Os amish, descendentes de colonos suíço-alemães, acreditam na não-violência, levam uma vida simples e mantêm poucos contatos com o mundo moderno.



Os da Pensilvânia foram deixando progressivamente o condado de Lancaster desde a década de 1970, devido ao preço dos terrenos, da expansão dos subúrbios e do crescimento do turismo, que ameaça sua privacidade.



Algumas dezenas de famílias amish deixam a região por ano, mudando-se para áreas rurais mais quietas e baratas de Indiana, Kentucky, norte de Nova York e oeste da Pensilvânia. O sociólogo Donald Kraybill, que estuda essa comunidade, acha que o interesse da imprensa depois do incidente desta semana pode acelerar o êxodo.



O condado de Lancaster, cerca de cem quilômetros a oeste de Filadélfia, atrai cerca de 8,3 milhões de turistas por ano, a maioria dos quais vai até lá ver os amish, segundo as autoridades do setor.



O turismo é a segunda principal atividade do condado, depois da agricultura, e emprega 29 mil pessoas.

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