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Annan se recusa a submeter finanças pessoais à ONU

Agência Reuters

Por Agência Reuters

14/09/2006 - 22:12 h

O secretário-geral da Nações Unidas, Kofi Annan, se recusou a apresentar uma declaração de finanças pessoais, apesar do apelo de outros diretores, num momento em que a entidade passa por reformas, disseram funcionários da ONU na quinta-feira.



Tecnicamente, Annan não é considerado funcionário da ONU e não tem o dever de apresentar a declaração financeira, uma prática adotada no ano passado para melhor controlar os empregados. Mas o porta-voz dele, Stephane Dujarric, havia dito que o secretário-geral seria o primeiro a preencher o novo formulário.



Em entrevista coletiva na quinta-feira, Annan, que deixa o cargo no último dia do ano, disse a jornalistas: "Honro todas as minhas obrigações para com a ONU, e acho que é isso que sempre fiz".



Um funcionário da ONU disse posteriormente à Reuters que Annan quis dizer que não havia apresentado a declaração financeira, na qual devem constar, inclusive, presentes de valor superior a 250 dólares.



Outro funcionário disse que importantes colaboradores de Annan, inclusive o subsecretário-geral, Mark Malloch Brown, e o subsecretário de Administração, Christopher Burhnam, haviam pedido a ele que apresentasse o documento na qualidade de símbolo da ONU. O conteúdo da declaração não seria divulgado.



O norte-americano Burnham, que teve a idéia das declarações financeiras, não quis comentar a decisão de Annan, mas disse que "todos nós deveríamos preencher o relatório financeiro anual, e incentivo qualquer um a fazer isso rapidamente".



No ano passado, Annan aceitou um prêmio ambiental de meio milhão de dólares, oferecido pelo governo dos Emirados Árabes Unidos. Houve críticas dos que consideravam o prêmio uma espécie de presente. Ele disse que pretendia usar o dinheiro para financiar uma nova fundação para a África, mas posteriormente doou a verba para a assistência humanitária da ONU em Darfur.



Alguns funcionários da ONU e diplomatas consideram que Annan agiu mal ao aceitar o prêmio, pois a entidade ainda está com a imagem abalada pelo escândalo de corrupção no programa "petróleo por comida" que vigorava no Iraque, e porque o secretário-geral estava pessoalmente empenhado em fazer reformas na ONU.



A exigência da declaração financeira é uma conseqüência direta do escândalo. Até então, os funcionários só eram obrigados a relatarem presentes superiores a 10 mil dólares.



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