INTERNACIONAL
Apesar de ameaças da China, voo de Nancy Pelosi pousa em Taiwan
Representante se reunirá com o governo da ilha e visitará o Parlamento local, na manhã de quarta-feira, 3
Por Da Redação

O avião da Força Aérea dos Estados Unidos transportando a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, chegou em Taiwan, na manhã desta terça-feira, 2. A China estava monitorando o voo, que saiu da Malásia, e afirmou ser contra a visita da congressista à ilha.
Nancy se reunirá com o governo da ilha e visitará o parlamento local na manhã de quarta-feira, 3. O governo chinês disse que seus aviões de guerra sobrevoaram a linha que divide o Estreito de Taiwan.
"A visita de nossa delegação do Congresso a Taiwan honra o compromisso independente dos EUA em apoiar a democracia vibrante de Taiwan", disse Pelosi após pousar na ilha.
"Nossa solidariedade com os 23 milhões de moradores de Taiwan é mais importante do que nunca, em um momento no qual o mundo encara uma escolha entre a autocracia e a democracia", completou.
Desde a semana passada, o governo chinês vem fazendo ameaças aos EUA caso a presidente da Câmara fosse à Taiwan, que Pequim considera parte de seu território. Para os chineses, a visita é uma provocação.
Reação chinesa
Em resposta à visita, o Ministério da Defesa chinês disse que colocou suas Forças Armadas em alerta e que lançará "operações militares com alvos específicos". De acordo com a agência de notícias Reuters, essas operações serão exercícios que incluirão viagens aéreas e marítimas conjuntas no norte, sudoeste e sudeste de Taiwan, disparos reais de longo alcance no Estreito de Taiwan e lançamentos de teste de mísseis no mar a leste de Taiwan, disse o comando.
Em comunicado após a visita, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse que a vista de Pelosi é "uma violação severa do princípio de Uma Só China, infringe severamente a soberania e a integridade territorial da China, prejudica severamente a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, e emite um sinal severamente errado às forças secessionistas da 'independência de Taiwan'".
A pasta afirmou ainda que a visita terá um "impacto severo na base política das relações China-EUA.
A agência de notícias estatal Xinhua disse na terça-feira que os militares chineses realizarão exercícios de tiro real e outros exercícios em torno de Taiwan de 4 a 7 de agosto.
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