MUNDO
Biden assume a liderança em dois estados, mas Geórgia fará recontagem de votos
O candidato democrata, Joe Biden, assumiu nesta sexta-feira, 06, a liderança na Pensilvânia e na Geórgia, ampliando o favoritismo para assumir a Presidência dos Estados Unidos. Os dois estados são cruciais para uma vitória na disputa ainda aberta, mas na Geórgia já foi anunciado que haverá recontagem dos votos por causa da margem pequena entre os candidatos. Lá, Biden está à frente de Donald Trump por apenas 1.554 votos.
A última informação passada pelo o governo disse que faltava contar cerca de quatro mil cédulas, a maior parte delas de voto pelo correio. Geórgia ainda espera receber votos vindos do exterior, como de militares. Essas cédulas serão incluídas na apuração desde que tenham sido postadas no correio até terça, 3, e sejam recebidas até esta sexta.
O secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, disse que a distância entre Biden em Trump “é muito pequena para declarar um vencedor” e reforçou que todo voto válido será contado. “Com uma margem pequena assim, haverá recontagem na Geórgia”, afirmou.
De qualquer forma, caso a vitória de Biden se confirme na Pensilvânia, onde a apuração continua e os votos ainda não apurados são maciçamente favoráveis ao Partido Democrata, ele não precisará de nenhum outro estado para se tornar o 46º presidente dos EUA.
A tendência é que o nome do novo presidente seja conhecido nas próximas horas, com a apuração ainda pendente também em Arizona, Nevada e Carolina do Norte. À exceção deste último estado, Biden é favorito para ganhar em todos os demais.
Na noite de quinta, diante da derrota iminente, Donald Trump fez um discurso repleto de alegações falsas e chamou de "ilegais" os votos dados ao rival, sendo cortado ao vivo pelos principais canais de televisão.
A campanha republicana anunciou ter entrado com ações judiciais para suspender a contagem em Michigan, Geórgia, Nevada e Pensilvânia, além de recontagem em Wisconsin, mas dois de seus pedidos já foram rejeitados pela Justiça. À noite, se somou mais um processo, na Filadélfia, também derrotado.
Por outro lado, a Organização dos Estados Americanos (OEA) publicou um relatório preliminar sobre o pleito nos Estados Unidos, no qual critica comedidamente o comportamento de Trump. Sem citar nominalmente o presidente, o documento afirma que a "missão registrou declarações nos dias após a votação, por um candidato em particular, sobre o progresso e credibilidade da votação, e o subsequente início de esforços por aquela campanha para desafiar o processo em curso e os resultados perante os tribunais".
No documento, a missão diz não ter "observado diretamente nenhuma irregularidade grave" e que "apoia o direito de todos os partidos buscarem reparação perante às autoridades de Justiça competentes". A OEA ressaltou ainda que os candidatos devem agir com responsabilidade.
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