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22/02/2022 às 20:41 - há XX semanas | Autor: AFP

CONFLITO

Biden sanciona Rússia por 'início' da invasão da Ucrânia

Sanções são uma resposta à decisão de reconhecer territórios de Donetsk e Luhansk como Estados independentes

Em discurso na Casa Branca, presidente dos EUA descreveu os eventos em andamento no leste da Europa como "o início de uma invasão russa"
Em discurso na Casa Branca, presidente dos EUA descreveu os eventos em andamento no leste da Europa como "o início de uma invasão russa" -

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira, 22, uma rodada de sanções pelo "início de uma invasão da Ucrânia", mas considerou ainda ser possível evitar "o pior", apesar do Senado russo ter dado aval a Vladimir Putin para o envio de tropas ao país vizinho.

A aprovação unânime da Câmara alta, o Conselho da Federação, permite que Putin implemente "forças de paz" nas duas regiões separatistas ucranianas reconhecidas por Moscou como independentes e potencialmente em outras partes da Ucrânia.

Biden anunciou o que chamou de "primeira rodada" de sanções, que impedirá a Rússia de levantar fundos ocidentais para pagar a dívida soberana (o que poderia influenciar o valor do rublo e aumentar o custo dos produtos importados), de olho em atingir as instituições financeiras e as elites russas.

No entanto, o presidente americano deixou aberto o canal diplomático para evitar uma invasão russa em grande escala "que causará um enorme sofrimento a milhões de pessoas".

"Evitar que o conflito chegue mais longe" também é o objetivo do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em visita a Washington nesta terça-feira, reuniu-se com altos funcionários do governo americano, incluindo Biden, que lhe garantiu que os EUA continuarão a fornecer armas "defensivas" aos aliados ucranianos.

A Ucrânia, cercada ao norte, sul e leste por 150.000 soldados russos, quer principalmente fortalecer sua defesa antiaérea.

Vladimir Putin declarou a independência das regiões pró-Rússia de Donetsk e Lugansk na segunda-feira, levando Washington a reagir com cautela, dizendo que soldados russos estão na área há oito anos. Mas, nesta terça, os EUA endureceram o tom e ameaçaram a Rússia de pagar "um preço ainda mais alto se continuar com sua agressão".

As sanções americanas, britânicas e europeias não impediram a Rússia de seguir adiante com seus preparativos.

O mundo teme uma invasão total da Ucrânia, com o risco de uma guerra catastrófica na Europa.

Os incidentes na linha de frente com os separatistas se multiplicaram nas últimas semanas. De acordo com o governo ucraniano, um soldado foi morto nesta terça-feira e seis ficaram feridos em bombardeios pró-Rússia.

Putin afirmou nesta terça que os acordos de paz de Minsk sobre o conflito na Ucrânia deixaram de existir e deu um passo adiante, estabelecendo relações diplomáticas com os dois enclaves separatistas.

Porém, ele pareceu deixar uma porta entreaberta ao alertar que o envio de tropas russas "vai depender da situação no terreno".

E desafiou a postura do Ocidente - que nega a Moscou o direito de opinar sobre quem pode ingressar na Otan - observando que “a melhor solução seria que as autoridades atualmente no poder em Kiev se recusassem a entrar na Otan e permanecessem neutras”.

Em uma mensagem televisionada de 65 minutos, incluindo momentos de irritação, Putin classificou a Ucrânia como um Estado falido, um "fantoche" do Ocidente, que estaria preparando uma "guerra relâmpago" para reconquistar as regiões separatistas.

"Ressuscitar a URSS

Os temores de uma invasão aumentaram quando o Ministério das Relações Exteriores russo anunciou a evacuação de todos os seus funcionários diplomáticos na Ucrânia, para "proteger suas vidas".

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse que a aliança tem "todas as indicações" de que Moscou "segue planejando um ataque em larga escala à Ucrânia".

A Ucrânia quer que a União Europeia prometa a entrada do país no bloco, que já anunciou sanções contra a Rússia. A principal sanção foi apresentada pelo governo alemão, que suspendeu a autorização do polêmico gasoduto Nord Stream 2 que une o território russo à Alemanha, sem passar pela Ucrânia.

Nas ruas de Kiev, a notícia do reconhecimento dos separatistas gera medo de uma escalada bélica.

"Estou realmente assustado, tenho muita família" no leste da Ucrânia, disse à AFP Artem Ivaschenko, de 22 anos, natural de Donetsk.

O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, alertou que o país tem momentos complicados pela frente e acusou a Rússia de querer "ressuscitar a URSS", país do qual a Ucrânia fez parte até seu desmembramento em 1991.

Sanções

O chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian, informou que os ministros das Relações Exteriores da UE "concordaram por unanimidade com um pacote inicial de sanções".

As sanções "prejudicarão muito a Rússia", afirmou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, especificando que o bloco planeja bloquear ativos e proibir vistos para 351 deputados russos.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, reagiu rapidamente e anunciou que suspendeu a autorização do controverso gasoduto Nord Stream 2 que liga a Rússia à Alemanha, evitando passar pela Ucrânia.

A Casa Branca celebrou o anúncio alemão e declarou que lançará seu próprio arsenal de sanções.

Em Londres, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson ameaçou afetar cinco bancos russos e três bilionários, vetando-os de seu sistema financeiro.

Obuses

Em Shchastia, uma pequena cidade localizada no leste da Ucrânia, próxima às áreas separatistas, os moradores limpavam os escombros gerados pela queda de um obus.

Valentina Shmatkova, de 59 anos, contou que estava dormindo quando os projéteis caíram, quebrando os vidros de seu apartamento.

"Não estávamos esperando. Não pensávamos que Ucrânia e Rússia não chegariam a um acordo no final", lamentou. "Acreditava que nosso presidente e o presidente russo eram inteligentes e prudentes", acrescentou.

O anúncio de Putin reacendeu o conflito nesta região separatista do leste da Ucrânia, onde já morreram 14.000 pessoas desde 2014 e onde há violações à trégua imposta pelos acordos de Minsk em 2015.

A tensão atingiu também os mercados de ações. Os preços do trigo e do petróleo dispararam e as bolsas asiáticas fecharam em baixa, embora as europeias tenham se mantido estáveis ao longo do dia.

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