BARBARIDADE
Cidade realiza disputa de qual criança mata mais gatos
Em comunidade da Nova Zelândia, pessoas ainda têm o costume de matar gambás e coelhos
Por Da Redação
No Brasil, “Não atire o pau no gato” é uma canção como resposta de contravenção social à sua melodia original que incentiva os maus tratos aos animais. De acordo com o artigo 31 da Constituição Federal da lei nº 9.605, os maus tratos aos animais é crime, que prevê pena de reclusão de 2 a 5 anos, multa de 40 salários mínimos e proibição da guarda.
No entanto, na comunidade de North Canterbury, na Nova Zelândia, os maus tratos contra os gatos não apenas foram tolerados, como incentivados. No local, foi organizada pela Competição de Caça de North Canterbury uma disputa de quem mata mais gatos, para crianças. Os jovens menores de 14 anos teriam que usar um rifle de pressão para matar o máximo de gatos possível. Esses rifles causam muita dor antes de matar o animal.
Quem conseguisse vencer, levaria o prêmio de 250 dólares neozelandeses, cerca de R$ 775, na cotação atual. O maior prêmio é uma picape. De acordo com os organizadores o objetivo era angariar recursos para a escola local e diminuir a enorme população de gatos de rua, que frequentemente caçam os passarinhos nativos da região.
Mas os críticos da aposta argumentam que existem outras maneiras de salvar os pássaros, como por exemplo, castrar os gatos, para que eles não se reproduzam tanto, ou levá-los para dentro de casa, como pets. Muitos moradores do local estavam com medo de que seus gatos de estimação pudessem ser atingidos pelos tiros. A organização respondeu dizendo que desclassificaria qualquer criança que levasse um gato com microchip. No entanto, uma criança chegou a atirar em um gato castrado e microchipado, ou seja, que não oferecia riscos aos pássaros.
Concurso cancelado após críticas
Alguns moradores da região já tem o costume de se reunirem para matar gambás e coelhos. Mas quando a organização decidiu incluir uma matança de gatos, o caso tomou proporções maiores. Entidades como a SPCA (Sociedade Neo-Zelandesa para a Prevenção da Crueldade com Animais, em tradução livre) fizeram protestos e críticas nas redes sociais.
A organização que organiza a competição desistiu, mas afirmou que estava sendo cancelada pelos “justiceiros da internet”. Antes da desistência, a competição aconteceu por quatro dias. Nos comentários do comunicado do cancelamento, que estão restritos aos seguidores, há muitas pessoas defendendo a iniciativa, dizendo que os gatos selvagens causam dano à comunidade, aos pássaros e às fazendas.
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