MEIO AMBIENTE
Cientistas detectam vazamento de 40 mil toneladas de metano no México
O registro foi feito a partir de dados de satélite; gás tem poder de aquecimento 80 vezes maior que o gás carbônico
![Vazamento detectado pelo satélite](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1190000/1200x720/Artigo-Destaque_01197762_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1190000%2FArtigo-Destaque_01197762_00.jpg%3Fxid%3D5465042%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721473794&xid=5465042)
Cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) detectaram plumas de metano oriundas de uma plataforma em alto-mar no Golfo do México. O registro foi feito a partir de dados de satélite. Segundo os pesquisadores, essa é a primeira vez que o gás é detectado do espaço vindo de uma plataforma offshore. A descoberta foi anunciada na semana passada pela agência após a publicação do estudo com a descoberta na "Environmental Science and Technology Letters".
As plumas foram detectadas na plataforma "Zaap-C" de produção de petróleo e gás, perto da costa de Campeche, em um dos principais campos produtores de petróleo do México. A plataforma, de acordo com os cientistas, grandes volumes de metano durante 17 dias. Ao todo, cerca de 40 mil toneladas do gás, que é considerado um dos principais do efeito estufa, foram liberadas na atmosfera em dezembro do ano passado. As emissões equivalem a cerca de 3% das emissões anuais de petróleo e gás do México. Sozinha, a liberação tem dimensão semelhante a todas as emissões anuais regionais da região offshore do país.
Cientistas detectam vazamento de 40 mil toneladas de metano
Os pesquisadores concluíram que essa quantidade de emissão foi um incidente único, com a maior duração desde que a atividade de queima começou. "Isso representa um avanço no monitoramento das emissões de metano industrial do espaço, pois abre as portas para o monitoramento sistemático das emissões de plataformas offshore", disse Luis Guanter, da Universidade Politécnica de Valência.
Os vazamentos de instalações em alto-mar representam quase 30% da produção mundial do metano e apesar de ficar na atmosfera por menos tempo que o gás carbônico, o gás tem um poder de aquecimento 80 vezes maior em um período de 20 anos.
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