Desmantelada rede de escravas brancas entre EUA e Ásia

Nove pessoas foram presas nesta quinta-feira em Seattle (noroeste) por envolvimento com uma rede internacional de tráfico de mulheres, procedentes da Ásia, provavelmente em contêineres, para serem prostituídas nos Estados Unidos, informaram as autoridades.



Foram detidos oito chineses e um tailandês. Mais sete pessoas estão sendo interrogadas na região de Seattle (Washington, noroeste) e outras duas, em Los Angeles, completou a Procuradoria Federal em Seattle.



Trata-se de uma "rede de prostituição sumamente organizada", que conta inclusive com prostíbulos ilegais em Portland (Oregon, noroeste) e Seattle, e que trazia mulheres sobretudo de China, Coréia, Tailândia, Vietnã, Laos, Malásia, Cingapura, Hong Kong, Japão e Taiwan.



O principal suspeito é Yong Jun Kang, de 36 anos, que "teria se associado com os outros (acusados) para transportar mulheres da Ásia para que elas trabalhassem em seus prostíbulos", afirmou a Procuradoria.



A operação desta quinta-feira foi resultado de quase dois anos de uma investigação que, entre outras coisas, revelou que os supostos responsáveis pela rede cobravam até 50.000 dólares para levá-las para os EUA, montante que as mulheres tinham de desembolsar quando chegassem ao país.



Os acusados enfrentam acusações de "formação de quadrilha para transportar pessoas com o objetivo de prostituí-las". Se forem considerados culpados, podem ser condenados a até 20 anos de prisão.