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Ex-espião russo pode ter sido envenenado com tálio radioativo

Por Agência AFP

21/11/2006 - 13:16 h

O ex-espião russo Alexander Litvinenko, que está entre a vida e a morte em um hospital de Londres, pode ter sido envenenado com "tálio radioativo", segundo um especialista britânico em substâncias tóxicas.



O veneno utilizado "pode ter sido o tálio radioativo", declarou o especialista, John Henry, na porta do hospital onde o ex-espião está internado.



O especialista explicou que a drástica queda dos glóbulos brancos sofrida por Litvinenko e o dano na médula óssea sugerem que o tálio utilizado continha um elemento de radioatividade.



"Litvinenko tem alguns sintomas consistentes de envenenamento por tálio, mas tem outros sintomas consistentes com outro tipo de envenenamento. Assim não é 100% tálio. Poderia ser tálio radioativo", disse o especialista John Henry, que visitou o ex-espião no hospital.



O ex-tenente-coronel do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, antiga KGB), que é um forte crítico do presidente russo, Vladimir Putin, foi envenenado em 1º de novembro.



Pessoas próximas a Litvinenko - que estava investigando o assassinato no mês passado da jornalista Ana Politkovskaia - culparam imediatamente Moscou de tê-lo envenenado, mas o serviço secreto russo negou a acusação categoricamente.



O caso está sendo investigado pela unidade terrorista da Scotland Yard.



Suspeitou-se primeiro que o veneno utilizado havia sido o tálio, um veneno sem cheiro e cor, do qual apenas um grama é letal.



Mas Henry reiterou que um envenenamento só com tálio não teria provocado o dano na médula óssea sofrido pelo ex-espião.



"Um envenenamento com tálio radioativo acrescenta outra dimensão a este caso porque quer dizer que a medula óssea corre um risco muito alto", destacou o médico, após visitar o ex-espião russo de 41 anos no University College Hospital, em Londres.



"O tálio radioativo é muito difícil de ser tratado, porque se necessita da capacidade própria do corpo para reagir, o que é impossível se os glóbulos brancos estão quase em zero, como é o caso do ex-espião".



"Litvinenko está definitivamente muito doente. Não se pode dizer se está melhorando ou piorando. No momento, não está melhorando, mas se mantém", explicou.



As possibilidades de sobrevivência de Litvinenko - que tem também os rins danificados e vomita sem parar - foram estimadas em 50%.



"Pode ser que precise de um transplante de médula óssea para que melhore", observou o médico.



O especialista acrescentou que talvez jamais será possível determinar a causa exata da terrível deterioração da saúde do ex-espião, que já perdeu todo o cabelo e não pode comer há 19 dias.

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