MUNDO
França elege presidente entre Macron e Le Pen neste domingo
O ex-presidente Lula manifestou seu apoio a Macron contra a candidata de extrema-direita
Por AFP
Os franceses votam, neste domingo, 24, no segundo turno da eleição presidencial para decidir se confiam um novo mandato ao presidente centrista, Emmanuel Macron, ou se apostam na extrema-direita com Marine Le Pen.
As assembleias de voto na França abriram suas portas às 08h00 (03h00 de Brasília) e a participação era de 26,41% às 10h00 GMT (7h00 de Brasília) - quase dois pontos a menos que em 2017, segundo o Ministério do Interior.
Quase 49 milhões de franceses são chamados a votar. A votação será encerrada às 20h00 (15h00 de Brasília), com resultados esperados para a noite.
Le Pen pode se tornar a primeira presidente mulher ou Macron o primeiro a ser reeleito desde o conservador Jacques Chirac (1995-2007).
De acordo com as últimas pesquisas divulgadas na sexta-feira, o candidato do A República em Marcha (LREM), de 44 anos, venceria sua rival do Reagrupamento Nacional (RN), de 53 anos, com uma vantagem menor do que em 2017, quando foi proclamado presidente com 66,1% dos votos.
Cinco anos depois, a França não é o mesmo país: protestos sociais marcaram a primeira metade do mandato de Macron, uma pandemia global confinou milhões de pessoas e a invasão russa da Ucrânia abalou todo o continente europeu.
A guerra às portas da União Europeia (UE) marcou a campanha eleitoral, embora a principal preocupação dos franceses seja o seu poder de compra, num contexto de aumento dos preços da energia e dos alimentos.
Além de escolher entre dois modelos de sociedade, os eleitores têm nas mãos a escolha do lugar no mundo que querem para essa potência econômica e nuclear até 2027, decisão que poderia envolver mudanças nas alianças caso Le Pen vença.
A herdeira da Frente Nacional propõe inscrever na Constituição a "prioridade nacional", a fim de excluir os estrangeiros dos auxílios sociais, e defende o abandono do comando integrado da OTAN e a redução dos poderes da UE.
Em contrapartida, Macron defende uma Europa mais forte, seja em questões econômicas, sociais ou de defesa, e espera dar um novo impulso reformista e liberal, com sua proposta emblemática de adiar a idade de aposentadoria de 62 para 65 anos, que em 2020 já gerou protestos em massa.
Os primeiros-ministros social-democratas da Alemanha, Espanha e Portugal, bem como o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, manifestaram seu apoio a Macron durante a campanha.
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