COP 27
Governo do futuro presidente Lula resiste a nova missão no Haiti
O Brasil esteve à frente de missões no Haiti entre os anos de 2004 e 2017.
Por Da Redação
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tomará posse no dia 1º de janeiro de 2023, não deve entrar na empreitada defendida pelos Estados Unidos de uma nova missão internacional no Haiti. De acordo com reportagem do Estadão, a gestão dá sinais de que, desta vez, resistirá a investida humanitária.
O tema ainda é visto com cautela pelo PT e militares do país que estiveram à frente de missões no Haiti no período entre 2004 e 2017.
O assunto deve ser tratado também durante a COP-27 no Egito, evento no qual o presidente eleito discursou nesta quarta-feira, 16. O Nesta quinta-feira, 17, Lula se encontrará com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que tem sido um defensor da ideia de uma “força multinacional” no Haiti.
A proposta ganhou força no mês de outubro. desde então, os Estados Unidos tenta conquistar a simpatia dos aliados para a potencial missão, que seria endossada pelo órgão sob o Capítulo 7 da Carta da ONU, que trata de ações relativas aos tratados de paz, rupturas da paz e atos de agressão.
O Brasil se manteve presente no Haiti por 13 anos, em missões militares, e é considerado um apoio relevante para diplomatas estrangeiros nas discussões sobre o tema. Até por isso, os EUA olham uma oportunidade no novo governo de Lula.
“Essas conversas (com outros países) estão em andamento. Vários países demonstraram interesse em saber mais sobre esse esforço, potencialmente participando dele”, disse Ned Price, porta-voz do secretário de Estado americano, Antony Blinken, durante entrevista a jornalistas na semana passada.
Na quarta, Lula já havia se encontrado com John Kerry, enviado climático do governo Joe Biden.
México e EUA devem apresentar uma resolução para autorizar uma força internacional de paz no Haiti, no mesmo termos defendidos por Guterres. Mas nenhum país se mostrou muito interessado em assumir a liderança desse processo.
A Boa relação entre Brasil e Estados Unidos alimentam os rumores que o Brasil poderia ser essa liderança esperada pelos americanos.
Sobre o assunto, o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho disse que “Brasil continua muito interessado no tema, mas estamos aguardando que se apresente um texto para exame dos demais membros do Conselho de Segurança".
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