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NOS EUA

Homens são condenados à prisão perpétua por assassinato de negro

Juiz chamou crime de assassinato "assustador"

Por AFP

07/01/2022 - 22:07 h

Três americanos brancos foram condenados à prisão perpétua nesta sexta-feira, 7, por terem perseguido e matado o jovem negro Ahmaud Arbery, por suspeitarem de que se tratava de um ladrão.

O crime aconteceu em 2020, no estado da Geórgia. Travis McMichael, 35, autor dos disparos fatais, e seu pai, Gregory McMichael, 66, foram condenados à prisão perpétua sem possibilidade de libertação antecipada. O vizinho deles, William Bryan, 52, que participou da perseguição filmando-a, recebeu a mesma pena, mas poderá pedir liberdade condicional após 30 anos de prisão.

Ahmaud Arbery havia saído "para correr e acabou correndo para salvar a vida", declarou o juiz Timothy Walmsley ao proferir a sentença, na cidade de Brunswick. Os três homens foram condenados por homicídio em 24 de novembro, após debates marcados pela questão do racismo e do direito à legítima defesa.

Diante do juiz, a família de Arbery havia exigido na manhã desta sexta-feira a "pena máxima". Eles "miraram no meu filho porque não o queriam na vizinhança", afirmou a mãe da vítima, Wanda Cooper-Jones. Já os advogados dos três homens pleitearam pela última vez um ato não intencional, que não merecia a prisão até a morte.

No julgamento, foram exibidos vídeos nos quais os homens armados perseguiam Arbery enquanto ele corria pela vizinhança por suspeitarem, sem provas, que ele fosse um ladrão.

Os vídeos, filmados por Bryan, mostram Arbery tentando evitá-los e, em seguida, Travis McMichael atirando nele com uma espingarda.

As imagens foram inicialmente mantidas em segredo pela polícia local. Levaram meses até que os McMichaels e Bryan fossem presos, o que aconteceu depois que as imagens vazaram online, gerando uma onda de indignação nacional.

Um promotor local, Jackie Johnson, foi acusado de violar seu juramento e obstruir a investigação da morte de Arbery.

Durante o julgamento, os réus disseram que suspeitavam de que Arbery fosse um ladrão e invocaram uma lei estadual desde então revogada que permitia que os cidadãos fizessem prisões.

Mas os promotores disseram que não havia justificativa para tentar prender Arbery e que nunca lhe disseram que queriam prendê-lo enquanto praticava esportes no bairro de Satilla Shores em uma tarde de domingo.

Arbery "estava tentando se livrar desses estranhos que gritavam com ele, ameaçando matá-lo", disse a promotora Linda Dunikoski ao tribunal. "E então eles o mataram." "Este não é o Velho Oeste", acrescentou.

Ben Crump, advogado do pai de Arbery, chamou os três homens de "gangue de linchamento".

Depois que o veredito foi lido, em 24 de novembro, o governador da Geórgia, Brian Kemp, republicano, afirmou que Arbery foi "vítima de uma vigilância de rua incoerente na Geórgia" e pediu "cura e reconciliação".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em novembro que o assassinato de Arbery "é uma lembrança devastadora de quão longe temos que ir na luta por justiça racial neste país".

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