MUNDO
John Goodenough, vencedor do Nobel de Química, morre aos 100 anos
Cientista, que criou bateria recarregável, foi a pessoa mais velha a ganhar prêmio
![Goodenough trabalhou por 37 anos na Faculdade Cockrell de Engenharia](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1230000/1200x720/John-Goodenough-vencedor-do-Nobel-de-Quimica-morre0123366300202306271124-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1230000%2FJohn-Goodenough-vencedor-do-Nobel-de-Quimica-morre0123366300202306271124.jpg%3Fxid%3D5868637%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1720370706&xid=5868637)
John Goodenough, vencedor em 2019 do prêmio Nobel de Química ao lado de outros dois cientistas por desenvolver as baterias de lítio, morreu aos 100 anos, informou a Universidade do Texas. O cientista faleceu no domingo, 25, de acordo com universidade, na qual Goodenough trabalhou por 37 anos na Faculdade Cockrell de Engenharia.
As suas contribuições para o desenvolvimento das baterias de lítio abriram o caminho para a criação dos smartphones e para uma sociedade menos dependente dos combustíveis fósseis.
John Goodenough se tornou a pessoa de mais idade a vencer um prêmio Nobel em 2019, quando, aos 97 anos, dividiu a honraria de Química com o britânico Stanley Whittingham e com o japonês Akira Yoshino pela invenção da bateria de lítio.
"O legado de John como um cientista brilhante é imensurável: suas descobertas melhoraram a vida de milhões de pessoas em todo o mundo”, disse Jay Hartzell, reitor da Universidade do Texas, em Austin, em um comunicado.
Pesquisando uma fonte alternativa de energia durante a crise do petróleo na década de 1970, Stanley Whittingham descobriu uma maneira de aproveitar a energia potencial do lítio, um metal tão leve que flutua na água. No entanto, a bateria que ele construiu era muito instável para uso.
Goodenough trabalhou a partir do protótipo de Witthigham e conseguiu dobrar a energia potencial da bateria para quatro volts.
Em 1985, Yoshino utilizou um material à base de carbono que armazena íons de lítio, tornando as baterias comercialmente viáveis. Graças à pesquisa dos três cientistas, baterias recarregáveis mais potentes e leves foram criadas.
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