John Gotti Junior escapa do quarto julgamento

Depois de três processos anulados, John Gotti Júnior, filho do homônimo chefão da máfia nova-iorquina, não será julgado uma quarta vez pela tentativa de seqüestro do fundador do grupo paramilitar Anjos da Guarda, anunciou nesta sexta-feira o promotor encarregado do caso.



"O governo concluiu que um novo julgamento contra John A. Gotti não é do interesse da Justiça, em vista dos três cancelamentos anteriores aos quais o júri foi defrontado", informou o procurador de Manhattan, Michael Garcia.



John Gotti Jr., que garante ter se aposentado nos anos 90, é acusado de estar envolvido na tentativa de seqüestro de Curtis Sliwa, fundador do grupo paramilitar.



Sliwa foi ferido a tiros em Nova York em 1992, enquanto fazia sinal para um táxi, aparentemente em represália por suas críticas ao pai de Gotti desde o programa de rádio que ele apresentava.



Os três processos anteriores acabaram sendo declarados nulos pela juíza depois que o júri não conseguiu chegar a um veredicto unânime.



No terceiro julgamento, os jurados declararam unanimidade sobre a culpa da tentativa de seqüestro, mas permanecia duvidoso sobre as outras três acusações, principalmente sobre se Gotti Jr. havia abandonado efetivamente a máfia quando os fatos se sucederam.



Para chegar a um veredicto, o júri deveria ter chegado a um acordo sobre pelo menos duas das quatro acusações.