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27/01/2024 às 9:04 - há XX semanas | Autor: Da Redação

REESTRUTURAÇÃO

Justiça dos EUA aceita pedido de recuperação judicial da Gol

Decisão impede que credores obtenham bens ou propriedades da companhia aérea

Imagem ilustrativa da imagem Justiça dos EUA aceita pedido de recuperação judicial da Gol
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O Tribunal de Falências de Nova York aceitou nesta sexta-feira, 26, o pedido de recuperação judicial feito pela Gol. Com a decisão, credores ficam impedidos de obter bens ou propriedades da companhia aérea. A medida também suspende ações contra a empresa.

A Gol anunciou na quinta-feira (25) que entrou com um pedido de reestruturação de dívidas na Justiça dos Estados Unidos por meio do Chapter 11, semelhante à recuperação judicial no Brasil. Pelo processo, a empresa terá acesso a um financiamento de US$ 950 milhões.

De acordo com a Gol, o objetivo do processo é reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e "fortalecer sua estrutura de capital para ter sustentabilidade no longo prazo". As dívidas da companhia são estimadas em R$ 20 bilhões.

Apesar do processo, a Gol informou que todos os voos estão operando conforme programado e todas as passagens aéreas e reservas permanecem em vigor. A afirmação foi reforçada pelo CEO da empresa, Celso Ferrer, em entrevista a jornalistas.

"O processo de reestruturação pretende otimizar a Gol para sustentar o crescimento. Não devemos reduzir as aeronaves em serviço. O foco é endereçar os passivos durante esse período e organizar o fluxo daqui para frente", afirmou.

De acordo com a companhia, o programa de fidelidade Smiles também não terá alterações e continuará disponível.

Reestruturação de dívidas

Na prática, a empresa acionou um instrumento legal nos Estados Unidos conhecido como "Chapter 11" (similar à recuperação judicial brasileira), utilizado pelas empresas para suspender a execução de dívidas e realizar reestruturação financeira e operacional.

O pedido foi feito no Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito Sul de Nova York. Segundo o CEO da Gol, Celso Ferrer, a empresa optou pelo processo na Justiça norte-americana após recomendação dos advogados da companhia no país.

Mesmo com a medida, a Gol pode operar normalmente.

A companhia aérea também informou que garantiu US$ 950 milhões em financiamento para apoiar seus negócios, na modalidade debtor-in-possession (devedor em posse, na tradução livre) — uma espécie de empréstimo feito em ambiente de recuperação judicial.

Com a aprovação nesta sexta pela Justiça dos EUA, a companhia terá acesso a esses recursos.

O crédito será obtido por meio de um grupo de investidores "que já conhece a companhia", disse Ferrer. São membros do Grupo Ad Hoc de Bondholders (investidores que possuem títulos de dívidas) da Abra — holding que controla a Gol —, além de outros Bondholders da Abra.

"Juntamente com o caixa gerado pelas operações em curso, [o financiamento] fornecerá liquidez substancial para apoiar as operações, que seguem normalmente durante o processo de reestruturação financeira", concluiu, em nota, a companhia aérea.

O que levou a Gol ao pedido de recuperação?

Segundo analistas, a Gol tem números operacionais sólidos diante da boa demanda por viagens aéreas no Brasil. As altas despesas com leasing (contrato de aluguel de aeronaves) e juros, no entanto, têm pressionado seu fluxo de caixa e afetado seu perfil de dívida.

A companhia também enfrentou problemas de capacidade em meio a atrasos nas entregas de aeronaves da Boeing — o que, segundo o presidente-executivo da empresa, impediu que a Gol crescesse no ritmo que gostaria.

Outros causadores da atual situação, segundo a companhia, são os efeitos da pandemia de Covid-19 — que elevaram os preços dos combustíveis e influenciaram a desvalorização do real frente ao dólar.

A Gol detinha 33% de participação de mercado na indústria de aviação brasileira no ano passado, perdendo apenas para a Latam Brasil — conforme definido pela receita de passageiros por quilômetro, que mede o tráfego.

Suspensão na bolsa de Nova York e rebaixamento

Em comunicado a investidores nesta sexta-feira, a Gol informou que a bolsa de valores de Nova York (NYSE) suspendeu a negociação das American Depositary Shares (ADSs) da companhia. ADSs são ações de empresas não norte-americanas disponíveis na bolsa.

A companhia disse que não pretende recorrer da decisão.

Também nesta sexta, a agência classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito de longo prazo em moeda local e estrangeira da Gol de "CCC-" para "D".

As medidas são consequência do pedido de reestruturação pelo Chapter 11.

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