Leão considerado o mais velho do mundo é morto por pastor de gado

Loonkito, um leão de 19 anos, foi morto por pastores com lanças na vila de Olkelunyiet, no Quênia. Ele foi pego atacando gado e foi apunhalado pelos Maasai morans (guerreiros). Conhecido como o "lendário grande felino guerreiro", Loonkito era admirado por conservacionistas por ter sobrevivido por mais de uma década no Parque Nacional Amboseli, onde existem pouco mais de 100 leões. Lonkito ultrapassou a idade média de sobrevivência, o que fazia com que encontrar presas por conta própria se tornasse difícil.

Segundo o Serviço de Vida Selvagem do Quênia, ele era um leão muito velho e sua morte foi causada pela sua dificuldade em encontrar comida. Leões africanos normalmente têm uma vida útil de até 18 anos na natureza, mas Loonkito superou essa expectativa.

Os incidentes de animais selvagens entrando em habitats humanos no Quênia têm aumentado nos últimos anos. O funcionário do Serviço de Vida Selvagem, Paul Jinaro, destacou que as pessoas precisam ser sensibilizadas para alertar as autoridades sobre animais selvagens que adentram em áreas urbanas.

A morte de Loonkito reforça a preocupação sobre a sobrevivência dos leões na natureza. Restam apenas 23 mil deles na natureza, já que sua população diminuiu 90% na última década, de acordo com o African Impact. Os grandes felinos são considerados “vulneráveis” na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

O grupo de conservação Lion Guardians elogiou Loonkito como um ícone de resistência e coexistência. A organização sem fins lucrativos destacou que as pessoas precisam agir de forma consciente e responsável em relação aos animais selvagens que coabitam com as comunidades humanas.