MUNDO
Líder paramilitar colombiano Carlos Castaño foi morto pelo irmão
Por Agência AFP
A Justiça colombiana responsabilizou nesta quarta-feira o chefe paramilitar Vicente Castaño pela morte de seu irmão, Carlos, então líder das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), informou o procurador-geral, Mario Iguarán.
Carlos Castaño, responsável pela expansão e fortalecimento das AUC, desapareceu em abril de 2004, após uma incursão de homens armados à fazenda onde ele estava foragido, em San José de Urabá (noroeste), em meio aos contatos com o governo para uma negociação de paz.
"Com base nas declarações de dois informantes e dois sobreviventes, a Procuradoria estabeleceu que Vicente Castaño ordenou o assassinato de Carlos Castaño", disse nesta quarta à noite o procurador Iguarán.
"Foi possível concluir que Vicente Castaño ordenou a Jesús Ignacio Roldán, também conhecido por "Monoleche", assassinar Carlos Castaño. Diante disto, a Procuradoria determinou a prisão de oito pessoas, e cinco já estão detidas", destacou Iguarán.
Segundo o procurador, a morte de Castaño ocorreu na vila de El Tomate, no município de San Pedro, em Urabá, no noroeste do país.
Vicente Castaño está imerso em uma negociação de paz com o governo de Alvaro Uribe, iniciada em 2003, que já permitiu a desmobilização de cerca de 31 mil combatentes.
Desde a semana passada, quando Uribe ordenou a prisão dos principais chefes das AUC, o paradeiro de Vicente Castaño é um mistério.
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