ARGENTINA
Milei aumenta o próprio salário, é criticado e revoga decisão
De acordo com a oposição, decreto previa aumento salarial de quase 50% para o presidente da Argentina
Por Da Redação
Após diversas críticas de oposicionistas e de setores da sociedade civil da Argentina, o presidente Javier Milei, revogou neste sábado, 9, um decreto que aumentava o seu salário e os de seus ministros em quase 50%. O anúncio foi feito pelo mandatário argentino em publicação nas redes sociais.
Os críticos do aumento salarial do presidente da Argentina apontavam que a medida, além de contraditória com os discursos de austeridade de Milei, era injusta com os trabalhadores argentinos, que receberam do governo, no mês de fevereiro, um aumento de 30% no salário mínimo, abaixo do esperado pelos sindicatos do país.
Segundo Milei, a culpa do decreto que aumentava seu salário em quase 50% é da ex-presidente Cristina Kirchner, que teria imposto em 2010 uma regra de reajustes salarial automático para presidentes e ministros.
"Acabo de ser informado que em decorrência de um decreto assinado pela ex-presidente Cristina Kirchner em 2010, que estabelecia que os dirigentes políticos deveriam ganhar sempre mais que os funcionários da administração pública, foi concedido um aumento automático aos quadros políticos deste governo", publicou Milei.
Também nas redes sociais, Cristina Kirchner rebateu os comentários de Milei e afirmou que o decreto assinado por ela há 14 anos não tem nada a ver com o reajuste salarial do atual presidente.
"Quero pensar que o senhor lê o que assina, não é? No [decreto sobre aumento] de janeiro, o senhor não incluiu expressamente as autoridades, e, no de fevereiro, o senhor e os seus funcionários foram incluídos", postou a ex-presidente.
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