MUNDO
Morre Arnold Newman, um pioneiro na fotografia
Por Agencia Estado
O fotógrafo americano Arnold Newman, reconhecido como um dos pioneiros do estilo de realizar retratos de personalidades em seus principais ambientes, morreu hoje, aos 88 anos, em Nova York. Aparentemente, a causa da morte foi um ataque cardíaco, como disse seu representante.
Em mais de 60 anos de carreira, Newman fotografou centenas de famosas personalidades do século 20, como artistas, políticos, escritores, empresários, cientistas - mas, também, não deixou de retratar anônimos. Entre seus célebres trabalhos, um dos maiores exemplos de seu estilo é o retrato que realizou em 1946 do compositor Igor Stravinski sentado ao piano - uma composição formal primorosa em que o artista está no canto da imagem.
Nascido em 3 de março de 1918, em Nova York, Arnold Newman cresceu em New Jersey e na Flórida. Primeiro, estudou arte na Universidade de Miami, mas por falta de recursos teve de interromper seus estudos. De forma autodidata, começou a fotografar em 1938, já fazendo retratos de estúdio em Miami e Palm Beach. Em 1941, ele foi descoberto por Beaumont Newhall, do Museu de Arte Moderna de Nova York, e pelo famoso fotógrafo Alfred Stieglitz, o que lhe rendeu sua primeira exposição individual - daí em diante, Newman teve uma carreira pontuada por várias mostras, livros e diversas premiações internacionais.
Em 1946, abriu estúdio em NY e começou a fazer trabalhos para as revistas Life (onde aparecia freqüentemente), Harpers Bazaar, Vanity Fair, Fortune, New Yorker e Scientific American. Aos poucos foi desenvolvendo o estilo pelo qual ficou mundialmente conhecido. Entre outros trabalhos realizados por Newman, vale destacar o retrato que fez de Pablo Picasso, com o artista pensativo, da atriz Marilyn Monroe, com os cabelos despenteados, aparentemente perdida em pensamentos tristes. Mas há muitos outros célebres.
Em entrevista à Apogee Photo Magazine, Newman declarou que o trabalho que mais o afetou foi o retrato que fez de Otto Frank, pai de Anne Frank, a menina que simbolizou o Holocausto. Em 1999, foi realizada ampla retrospectiva com 176 de seus retratos em preto-e-branco.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes