GUERRA
Netanyahu: "Não haverá Estado palestino; este lugar nos pertence"
Primeiro-ministro israelense faz declaração em evento sobre expansão de assentamento na Cisjordânia

Por AFP

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, nesta quinta-feira, 11, que “não há Estado palestino”, durante a conferência de assinatura de um grande projeto de assentamento na Cisjordânia ocupada.
“Cumpriremos a nossa promessa: não haverá Estado palestino; este lugar nos pertence”, declarou Netanyahu durante o evento em Maale Adumim, um assentamento israelense no leste de Jerusalém, e transmitido ao vivo por seu gabinete.
“Preservaremos a nossa herança, a nossa terra e a nossa segurança (...) Vamos dobrar a população da cidade”, acrescentou.
Israel aprovou, no mês passado, um projeto-chave para a construção de 3.400 residências na Cisjordânia, denunciado pela ONU e vários dirigentes estrangeiros, pois dividiria este território territorial em dois, comprometendo a continuidade territorial de um futuro Estado palestino.
O ministro israelense das Finanças, Bezalel Smotrich, uma figura de extrema direita, pediu para acelerar sua aplicação e adesão à Cisjordânia, em resposta aos anúncios de vários países sobre sua intenção de assumir um Estado palestino.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou energicamente esta decisão, enquanto a Autoridade Palestina denunciou uma nova etapa de “anexação progressiva da Cisjordânia”.
Contexto histórico e atual do conflito
Fora de Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel, cerca de três milhões de palestinos vivem na Cisjordânia, juntamente com cerca de 500.000 israelenses instalados em colônias que a ONU considera ilegais, segundo o direito internacional.
A colonização da Cisjordânia foi mantida durante todos os governos israelenses desde 1967, tanto de esquerda quanto de direita, e se intensificou desde o início da guerra em Gaza, desencadeada em 7 de outubro de 2023 pelo ataque do Hamas contra Israel.
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