VARIANTE XBB.1.5 DA COVID-19
Nova subvariante da ômicron responde por 40% dos casos nos EUA
A XBB.1.5 é mais uma descendente da ômicron, a variante globalmente dominante do coronavírus
Por Da Redação
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), 40,5% dos novos casos de covid-19 no país são provocados pelo vírus XBB.1.5. A nova variante se espalha principalmente no nordeste do país. No início de dezembro de 2022, a sublinhagem da ômicron representava apenas 1,3% das infecções. Atualmente tem dobrado o número de infectados a cada duas semanas.
A nova subvariante do vírus ômicron, a XBB.1.5, já foi detectada em 28 países e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode ser a mais contagiosa versão do vírus. Mas não há indícios de que seja mais grave.
A XBB.1.5 é da família da ômicron, a variante globalmente dominante do coronavírus. Trata-se de uma ramificação da XBB, detectada pela primeira vez em outubro de 2022. É o resultado de uma recombinação de outras duas subvariantes da ômicron.
Nesta quarta-feira, 4, a epidemiologista sênior da OMS, Maria Van Kerkhove, disse durante uma coletiva de imprensa em Genebra. "Trata-se da subvariante mais transmissível já detectada. Isso se deve a mutações encontradas dentro dessa subvariante da ômicron, que permitem que o vírus adira à célula e se reproduza facilmente".
Perigo?
A OMS informou que ainda não dispõe de informações sobre a gravidade ou o possível reação da XBB 1.5 nos doentes. Embora o aumento da transmissão seja uma preocupação, não há nenhum indício de que a nova variante seja mais perigosa.
"Esperamos novas ondas de infecção no mundo todo, mas isso não precisa se traduzir em novas ondas de morte porque nossas contramedidas continuam surtindo efeito", afirmou Van Kerkhove, se referindo as vacinas e tratamentos contra o covid-19.
Segundo Van Kerkhove, o Grupo Consultivo Técnico sobre Evolução de Vírus da OMS, está fazendo uma avaliação de risco sobre a subvariante. Os resultados deverão ser divulgados nos próximos dias.
Casos na China
A China está enfrenta uma nova onda de casos de hospitalizações logo após abandonar sua política de covid zero no final do ano passado, em resposta a uma série de protestos da população. Governo chinês foi criticado por autoridades do mundo por não compartilharem com a comunidade internacional, dados suficientes sobre o aumento dos casos.
"Continuamos pedindo à China que forneça dados confiáveis regulares e com mais agilidade sobre hospitalizações e mortes, bem como sequenciamento viral mais abrangente em tempo real", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na coletiva em Genebra nesta quarta-feira.
Países estão exigindo que passageiros de companhias aéreas vindas da China testem negativo para covid-19 antes de embarcar em seus voos. "Com a circulação tão alta na China e a falta de dados abrangentes, é compreensível que alguns países estejam tomando medidas que acreditem proteger seus próprios cidadãos", disse Tedros.
O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças disse não ver risco de o surto de covid-19 na China afetar o desenrolar da pandemia na Europa, dadas as altas taxas de vacinação em todo o continente. O órgão também observou que as variantes que atualmente se espalham na China já estavam presentes na Europa, sugerindo que qualquer transmissão vinda da China teria um impacto insignificante.
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