Número de mortos em protestos no Peru sobe para 58 | A TARDE
Atarde > Mundo

Número de mortos em protestos no Peru sobe para 58

Protestos são contra vice-presidente Dina Boluarte, que assumiu presidência após destituição de Pedro Castillo

Publicado domingo, 29 de janeiro de 2023 às 14:21 h | Autor: Da Redação
Manifestações começaram após presidente Pedro Castilho sofrer impeachment
Manifestações começaram após presidente Pedro Castilho sofrer impeachment -

Após protestos contra o governo da vice-presidente do Peru, Dina Boluarte, que assumiu a presidência após a destituição de Pedro Castillo no dia 7 de dezembro de 2022, 58 pessoas já morreram no país.

Os manifestantes reivindicam a renúncia de Dina Boluarte, vice-presidente que assumiu a presidência, além do fechamento do Congresso, uma nova Constituição e a libertação de Castillo.

O Congresso do Peru rejeitou, neste sábado, 29, a proposta de antecipar as eleições para outubro, sendo que essa era uma das exigências dos protestantes, o que poderia agravar as manifestações.

Os manifestantes peruanos exigem ainda a renúncia de Dina, a libertação do ex-presidente Castillo e a dissolução do Parlamento. O Congresso aprovou o adiantamento das eleições de 2026 para abril de 2024, porém a medida não foi confirmada pelo Parlamento.

As manifestações começaram após o presidente Pedro Castilho sofrer impeachment. Castilho foi preso após dissolver o Congresso do Peru e decretar estado de exceção.

O ex-presidente era investigado em diversos processos, como liderança em suposta organização criminosa que fraudava licitações públicas e crimes contra a administração pública, entre eles tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

Os grupos de direitos humanos acusam as autoridades de usarem armas de fogo e bombas de fumaça contra os protestantes, enquanto o exército afirma que os protestantes estão usando armas e explosivos caseiros.

Os protestos estão concentrados na região sul do Peru, onde o ex-presidente Castillo tem maior apoio. Nas últimas semanas as manifestações se fortaleceram em Lima após a primeira morte da capital, Victor Yacsalvica, de 55 anos.

Publicações relacionadas