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Petro propõe ampliar legalização da maconha na Colômbia

Colômbia legalizou a maconha medicinal em 2016, mas o comércio com fins recreativos segue criminalizado

Publicado sexta-feira, 12 de agosto de 2022 às 07:23 h | Autor: AFP
"Vamos reunir as pessoas [para discutir a legalização]. Inclusive que cheguem desarmados os que estão armados", disse o presidente da Colômbia, Gustavo Petro
"Vamos reunir as pessoas [para discutir a legalização]. Inclusive que cheguem desarmados os que estão armados", disse o presidente da Colômbia, Gustavo Petro -

O novo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, propôs nesta quinta-feira, 11, ampliar a legalização da cannabis, cujo cultivo e comercialização já é permitido no país para fins medicinais.

"Vamos conversar: o que acontece se a cannabis for legalizada na Colômbia sem licenças? Como plantar milho, como plantar batatas", questionou o presidente de esquerda durante uma reunião com prefeitos do sudoeste do país, onde abundam as plantações ilegais de maconha.

A Colômbia, maior produtor de cocaína do mundo, legalizou a maconha medicinal em 2016. Desde então, várias empresas estrangeiras receberam licenças para produzir e exportar o produto, mas o comércio com fins recreativos segue criminalizado.

"Se vamos legalizar a cannabis, vamos manter toda essa gente presa em cadeias superlotadas ou chegou a hora de soltar muita gente?", levantou Petro.

Nos últimos anos, vários países, como África do Sul, Uruguai e Canadá, legalizaram a maconha, assim como alguns estados dos Estados Unidos.

Dissidentes do acordo de paz com as Farc, rebeldes do ELN e outros grupos armados disputam a sangue e fogo os lucros do tráfico de drogas e outros negócios ilegais em várias regiões da Colômbia, que só este ano já registrou quase 60 massacres.

"Vamos reunir as pessoas [para discutir a legalização]. Inclusive que cheguem desarmados os que estão armados", disse o presidente.

Petro fez anteriormente apelos pelo fim da "fracassada" guerra às drogas, em que os Estados Unidos é o principal parceiro da Colômbia. Washington afirma estar disposto a ter um "diálogo aberto e honesto" sobre o tema.

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