MUNDO
Preço da cocaína cai nos EUA apesar de esforços
Por Agencia Estado
O preço da cocaína nas ruas dos EUA caiu no ano passado, ao mesmo tempo que aumentou a pureza da droga, afirmou o czar antidrogas americano numa carta privada a um destacado senador republicano, indicando um aumento da oferta que contradiz garantias dadas pelo governo Bush de que os US$ 4 bilhões enviados à Colômbia desde 2000 para o combate ao narcotráfico estão apresentando resultados.
O czar antidrogas, John Walters, escreveu que o preço da cocaína para os usuários caiu 11% de fevereiro de 2005 a outubro de 2006, para cerca de US$ 135 (cerca de R$ 275) o grama de cocaína pura - cotação que tem se mantido com poucas alterações desde a década de 1990. Em 1981, quando o governo dos EUA começou a colher os dados, o grama custava US$ 600.
No mesmo período, dados coletados pela DEA (agência antidrogas americana) mostraram que, depois de uma queda em 2005, a pureza da cocaína nas ruas americanas "subiu um pouco na direção dos antigos níveis", escreveu Walters. O preço e pureza são indicadores-chave da disponibilidade da cocaína no mercado. A queda nos preços indica um aumento na oferta ou uma queda na procura, afetando a pureza do produto.
Encontro
Walters fez a revelação numa carta enviada em janeiro ao senador republicano Charles Grassley, co-presidente da comissão sobre Controle Internacional de Narcóticos do Senado. Na próxima quarta-feira, o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, irá se reunir com o presidente George W. Bush na Casa Branca para discutir a continuidade do Plano Colômbia, o programa antidrogas e contra-insurgência que tem custado quase US$ 1 bilhão por ano aos contribuintes americanos.
Autoridades da administração Bush insistem que o Plano Colômbia tem reduzido a qualidade e disponibilidade da cocaína nas ruas dos EUA. A Colômbia é responsável por cerca de 90% da cocaína consumida nos Estados Unidos. O senador Grassley disse que a carta é "toda a prova que se precisa" para mostrar que o escritório antidrogas da Casa Branca "tem sido bom em distorcer números, mas isso não ajuda em nossos esforços para conter a produção e consumo de cocaína e heroína".
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