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Presidente eleito lidera marcha contra corrupção na Guatemala

Arévalo disse que as autoridades "traíram o povo"

Publicado quinta-feira, 07 de dezembro de 2023 às 22:20 h | Autor: AFP
Devido às manobras do Ministério Público, Arévalo denunciou um "plano de golpe de Estado” para impedi-lo de assumir o poder em janeiro
Devido às manobras do Ministério Público, Arévalo denunciou um "plano de golpe de Estado” para impedi-lo de assumir o poder em janeiro -

Milhares de guatemaltecos, liderados pelo presidente eleito, Bernardo Arévalo, saíram em passeata nesta quinta-feira (7) na capital, contra a corrupção e para exigir a renúncia da procuradora-geral, Consuelo Porras, de quem ele é alvo.

“Marchamos hoje em unidade por este país, que irá florescer, apesar dos corruptos”, afirmou o político social-democrata, 65, sob assédio judicial por supostas irregularidades no registro do seu partido, Semilla, em 2017, e por apoiar a ocupação de uma universidade estatal em 2022.

Arévalo disse que as autoridades "traíram o povo". "Eles nos dividiram para estabelecer regimes que servem apenas a poucos e que marginalizam e discriminam todos. Essa democracia fraca e frágil que temos, que foi violada de diferentes formas, conseguiu, no entanto, criar um espaço para que os guatemaltecos falassem com contundência e dissessem 'Chega de corrupção!'.”

A ampla vitória de Arévalo no segundo turno, em agosto, contra a ex-primeira-dama Sandra Torres, considerada a candidata do continuísmo, foi atribuída à esperança de mudança que ele gerou com sua promessa de combater a corrupção. Segundo analistas, isso despertou temores entre setores políticos e empresariais poderosos.

Devido às manobras do Ministério Público, Arévalo denunciou um "plano de golpe de Estado” para impedi-lo de assumir o poder em janeiro. Estados Unidos, União Europeia, ONU e OEA levantaram a voz várias vezes para criticar a ação contra Arévalo.

Em meados de novembro, o Ministério Público apresentou um pedido para retirar a imunidade de Arévalo e da vice-presidente eleita, Karin Herrera, acusados de incentivar os estudantes que ocuparam a Universidade de San Carlos de maio de 2022 a junho de 2023.

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