Príncipe Andrew é processado por abuso sexual de adolescente

Filho da rainha Elizabeth II, o príncipe Andrew, de 61 anos, foi processado na segunda-feira, 9, por abuso sexual, por Virginia Roberts Giuffre, uma das vítimas de Jeffrey Epstein, bilionário americano que se matou na prisão e foi acusado de tráfico de menores.

De acordo com ela, o duque de York cometeu o abuso quando ela tinha menos de 18 anos. Os fatos ocorreram entre os anos de 2000 e 2002. Em comunicado compartilhado pela sua equipe jurídica, ela enfatiza que "os poderosos e os ricos não estão isentos de serem responsabilizados por suas ações".

A medida foi tomada poucos dias antes da lei do estado de Nova York, que permite que supostas vítimas de abuso sexual na infância entrem com ações civis. Logo, conforme o advogado de Giuffre, "se ela não fizer isso agora, estará permitindo que ele escape de qualquer responsabilidade por suas ações", afirmou David Boies em um comunicado.

A ação acusa o príncipe Andrew de agressão sexual e inflição intencional de sofrimento emocional. Virginia afirma no processo que Andrew abusou sexualmente dela em Londres, na casa de Ghislaine Maxwell, namorada de Epstein. Já em outra ocasião, o príncipe teria abusado dela na mansão de Epstein em Nova York.

Jeffrey Epstein

Com 66 anos, Epstein se suicidou em uma prisão federal em Manhattan em agosto de 2019, pouco tempo após ser preso por tráfico sexual. Sua companheira, Ghislaine Maxwell, está sendo processada por tráfico sexual no tribunal federal de Manhattan. Ela, que será julgada no mês de novembro, se declara inocente.

Em 2008, Epstein se declarou culpado e cumpriu 13 meses de prisão por ter procurado uma menor de idade para prostituição. Na época a Justiça dos Estados Unidos ainda chegou a identificar 36 menores com quem o bilionário americano teria se relacionado.

Caso

Desde 2019 há acusações envolvendo o príncipe Andrew. Nesse mesmo ano, ele deixou a função de membro da realeza. Andrew e Epstein se conheceram em 1999 e o bilionário chegou a frequentar festas da Família Real. A imprensa britânica afirma que os dois mantiveram contato até 2010, meses após Epstein deixar a cadeia nos Estados Unidos.

Conforme investigadores particulares, o acusado de tráfico sexual tinha 13 celulares particulares para falar com o príncipe. Outra mulher, Johanna Sjoberg, que também afirma ser vítima de Epstein, disse recentemente que o príncipe tocou seus seios no apartamento do bilionário em Manhattan, no ano de 2001.