MUNDO
Prisões de jornalistas batem recorde, com 293 em 2021
Destes, um foi detido no Brasil. No mundo, 24 jornalistas foram assassinados, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ)
Por Da Redação
O número de jornalistas presos em todo o mundo em 2021, até o momento, é de 293, o que é um recorde que supera os 280 profissionais de imprensa presos em 2020.
O levantamento, feito pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), além de mostrar os números, analisou o cenário e atribuiu ao momento de pandemia o aumento de prisões. "Em um mundo preocupado com a Covid e tentando priorizar questões como a emergência climática, governos repressivos sabem que a indignação pública com as violações de direitos humanos irá esfriar", aponta nota do CPJ.
Entre os países que mais prenderam jornalistas, estão China (50), Mianmar (26), Egito (25), Vietnã (23), Belarus (19) e Turquia (18). Em toda a América Latina, foram registradas seis prisões de jornalistas: três em Cuba, duas na Nicarágua e uma no Brasil.
No entanto, o presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Marcelo Träsel, aponta que o Brasil vive o pior cenário para a liberdade de imprensa desde a o fim da ditadura militar, que é agravado pelo uso da Lei de Segurança Nacional para investigar jornalistas, pelo assédio judicial e pelos discursos de autoridades públicas contra a imprensa.
O único caso de prisão de jornalista no Brasil foi de Paulo Cezar de Andrade Prado, sentenciado a mais de cinco meses de prisão em regime semiaberto por difamação contra o empresário Paulo Sérgio Menezes Garcia, ex-vice-presidente do Corinthians. Além das prisões, o levantamento do CPJ apontou que 24 jornalistas foram assassinados por exercerem sua profissão. O México, que não teve jornalista preso em 2021, teve três profissionais de imprensa assassinados no ano.
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