TENSÃO NO LESTE EUROPEU
Putin e Biden aceitam encontro para discutir crise na Ucrânia
O Kremlin, no entanto, afirmou que não tem grandes expectativas
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, concordaram, nesta segunda-feira, 21, em realizar uma cúpula sobre a crise na Ucrânia. O Kremlin, no entanto, jogou um balde de água fria no encontro, que deve ocorrer sem grandes expectativas de tirar uma resolução para a tensão no leste europeu.
"É prematuro falar sobre algum plano específico para organizar qualquer tipo de cúpula. Não há planos concretos", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que a reunião deverá acontecer depois que o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o Ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, se encontrarem no próximo dia 24.
“O presidente Biden aceitou, a princípio, um encontro com o presidente Putin desde que uma invasão não aconteça. Estamos sempre prontos para a diplomacia. Também estamos prontos para impor consequências rápidas e severas caso a Rússia escolha a guerra. E, atualmente, a Rússia parece continuar se preparando para um araque em larga escala à Ucrãnia em breve”, disse Psaki em comunicado nesta noite de domingo, 20.
A perspectiva do encontro gerou um pouco de otimismo em meio às cada vez maiores tensões que opõem a Rússia ao Ocidente. A questão ucraniana, uma guerra civil inconclusa desde 2014 entre separatistas apoiados pelo Kremlin e o governo pró-ocidental de Kiev, acabou se tornando um embate sobre o futuro da segurança na Europa.
Putin quer estabelecer o fim da expansão a leste da Otan, a aliança militar ocidental, e por tabela da União Europeia —desde que o processo começou em 1999, oito anos após o fim da Guerra Fria, 14 antigos satélites de Moscou entraram no clube bélico.
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