SISTEMA ULTRAPOTENTE
Putin promete início da operação de mísseis Sarmat para 2023
Nesta terça, o presidente da Rússia anunciou a suspensão do acordo de desarmamento nuclear com os EUA
Por AFP
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu nesta quinta-feira, 23, colocar em serviço ainda este ano o modelo mais recente de míssil balístico intercontinental do país, o Sarmat, um sistema ultrapotente que supostamente registrou falhas, segundo fontes americanas.
"Prestamos atenção especial, como sempre, ao reforço da tríade nuclear. Este ano, os primeiros lançadores do sistema de mísseis Sarmat serão colocados em serviço", disse em um vídeo publicado na véspera do primeiro aniversário da ofensiva contra a Ucrânia e no Dia do Defensor da Pátria, feriado na Rússia.
Na terça-feira, em um discurso anual muito aguardado, Putin anunciou o início da operação de outros sistemas nucleares, sem mencionar quais, e a suspensão da participação da Rússia no tratado Novo Smart, o último acordo bilateral de desarmamento nuclear com os Estados Unidos.
O Sarmat, cujo lançamento foi anunciado para 2022, foi descrito por Putin em abril do ano passado como um míssil capaz de "provocar o fracasso de todos os sistemas antiaéreos" e que "fará refletir duas vezes aqueles que tentam ameaçar" a Rússia.
O sistema integra a série de mísseis apresentados em 2018 como "invencíveis" pelo presidente russo. Ele afirmou que o Sarmat, chamado de Satã II pelos ocidentais, tem um alcance quase ilimitado.
Mas de acordo com o canal CNN, que citou fontes americanas que pediram anonimato, o teste mais recente do Sarmat fracassou esta semana.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, se recusou a comentar a afirmação.
"Todas as informações que merecem ser tornadas públicas são processadas pelo canal do ministério da Defesa", disse, ao mesmo tempo que fez um alerta contra as "provocações" ocidentais.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes