Retrospectiva 2007: Ano de tragédias e fatos controversos

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Chegamos ao fim de 2007 e o sumiço de Madeleine McCann ainda é uma incógnita. A menina, de apenas três anos, desapareceu no dia 3 de maio, em Algarve, praia do litoral português. Era férias da família. Seus pais, Kate e Gerry McCann, a deixaram em um quarto de hotel, junto com dois irmãos gêmeos de dois anos, enquanto jantavam com amigos em um restaurante a 50 metros de distância. Loura, de olhos claros, Madeleine nunca mais foi vista.

Assim que o caso foi amplamente divulgado pela imprensa mundial, os pais da menina receberam apoio de celebridades e da população. Só com doações foram arrecadados 1,45 milhão de euros investidos em investigações até hoje sem sucesso. Em setembro a polícia portuguesa apresentou uma nova versão para o caso. Os pais de Madeleine passaram a ser os principais suspeitos do desaparecimento. Kate e Gerry McCann utilizaram parte do dinheiro das doações para pagar a hipoteca da casa. Em diversos depoimentos a imprensa, o casal alega que até hoje nenhuma evidência que comprove a morte da menina foi apresentada pela polícia.

Devastador o terremoto no Peru, em 16 de agosto, um dos mais fortes registrados no mundo desde 1990. Mais de 500 pessoas morreram, cerca de 1,3 mil ficaram feridos e mais de 71 mil famílias desabrigadas. Tremor de 8 graus na escala Richter. Epicentro no mar, a 160 km ao sul de Lima.

Os norte-americanos fecham o ano com mais uma página de sangue na novela assassinato em universidades. Na manhã do dia 16 de abril, o estudante sul-coreano Cho Seung-Hui, 23 anos, disparou tiros no alojamento do campus da Virginia Tech. Duas pessoas morreram. Logo em seguida, outra série de disparos: o estudante dirigiu-se ao prédio da faculdade de engenharia da instituição, atingindo dezenas de pessoas. 30 estudantes morreram, outros 28 ficaram feridos.

Para os brasileiros que aguardavam ansiosos o desfecho do caso Jean Charles, mineiro assassinado em uma estação de metrô em Londres em julho de 2005, ao menos uma notícia boa: a polícia britânica, Scotland Yard, foi considerada culpada por colocar a segurança do público em risco no episódio que resultou na morte de Jean Charles. O brasileiro foi confundido com um suposto homem-bomba.

Entre os acontecimentos mais polêmicos, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi o protagonista de uma discussão acalourada com o rei da Espanhã, Juan Carlos. O episódio ocorreu na XVII Cúpula Ibero-americana, em novembro, no Chile, quando se discutia políticas de inclusão social de 22 países. Em uma transmissão ao vivo, o rei Juan Carlos pediu que o presidente venezuelano se calasse. O famoso "Por que no te callas?" virou até toque de celular. Chávez chamou o ex-primeiro-ministro espanhol, Jose María Aznar, de fascista.