MUNDO
Rússia prende 10 suspeitos no assassinato de jornalista

Por Agencia Estado
A Rússia anunciou hoje a detenção de 10 pessoas envolvidas no assassinato da jornalista e crítica do Kremlin Anna Politkovskaya, entre eles um mafioso checheno que foi acusado de organizar o homicídio. O procurador-geral Yuri Chaika afirmou que os suspeitos serão indiciados em breve. Chaika sugeriu que o crime foi planejado fora da Rússia com o intuito de desacreditar sua liderança e provocar desordem. O assassinato recebeu atenção internacional e manchou a reputação da renovada Rússia do presidente Vladimir Putin.
Ao acusar inimigos da Rússia no exterior, Chaika ecoou declarações anteriores de Putin e aliados que sugeriam que o assassinato de Politkovskaya podia ter sido planejado por inimigos do Kremlin fugidos da Rússia como parte de uma campanha para comprometer a imagem do país.
Politkovskaya, que criticava Putin e denunciava abusos contra os direitos humanos praticados na guerra da Chechênia, foi morta a tiros em 7 de outubro do ano passado em seu apartamento em Moscou. O assassinato aprofundou preocupações do Ocidente sobre o caminho que a Rússia havia tomado e com a segurança de jornalistas e críticos do Kremlin no país.
Segundo Chaika, o crime foi planejado por um checheno que liderava uma gangue de Moscou especializada em assassinatos por encomenda. Ele disse que entre os detidos - acusados de fornecer informações sobre ela a seus matadores - estavam um major da polícia e um agente do Serviço de Segurança Federal, assim como três ex-policiais.
"Em relação aos motivos do crime, nossas investigações nos levaram à conclusão de que apenas indivíduos baseados fora do território da Federação Russa poderiam ter tido interesse em se livrarem de Politkovskaya", explicou Chaika numa entrevista coletiva.
"O interesse primeiro dessas pessoas e estruturas é desestabilizar a situação do país, mudar a ordem constitucional, criar uma crise na Rússia", frisou, acrescentando que tais forças querem "desacreditar a liderança do Estado russo" e provocar uma pressão externa sobre o Kremlin.
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