MUNDO
Seqüestrador é enterrado com nome falso na Áustria

Por Agencia Estado
O corpo de Wolfgang Priklopil, o austríaco que seqüestrou uma garota de 10 anos e a manteve em cativeiro por oito anos e meio, foi enterrado hoje com nome falso e em local não revelado para evitar que seu túmulo seja violado por vândalos. Priklopil, 44 anos, jogou-se em frente a um trem após descobrir que Natascha Kampusch, hoje com 18 anos, havia escapado da casa onde era mantida aprisionada.
Natascha não acompanhou o enterro, mas, de acordo com a polícia, deixou os exames médicos a que está se submetendo para dizer adeus ao seu captor no local onde está enterrado. A cerimônia fúnebre do técnico de comunicações durou apenas 5 minutos, presenciada pela mãe do seqüestrador e duas outras pessoas. De acordo com a rádio Austrian, nenhum padre compareceu ao funeral. Enquanto nove policiais faziam a guarda, as duas pessoas que acompanharam o funeral deixaram sobre a cova flores rosas e vermelhas, de acordo com a rádio. Ele foi enterrado em um caixão de madeira clara.
Na semana passada, Natascha divulgou um comunicado no qual ela demonstrou uma certa tristeza com morte de Priklopil e que reconhecia a dor de sua mãe. Natascha é mantida em um local não divulgado desde que conseguiu escapar da casa de Priklopil para evitar o assédio da imprensa. Psicólogos que a atenderam disseram que ela está exausta após ter dado sua primeira entrevista, na qual descreveu sua raiva e o medo com os quais conviveu desde que foi seqüestrada em 2 de março de 1998.
O jornal Kurier publicou hoje, sob o título "Natascha Superstar", uma matéria sobre a audiência que sua entrevista na TV obteve: 2,7 milhões dos 8 milhões de austríacos acompanharam a entrevista. Também hoje, o jornal Kronen Zeitung, que vem publicando a cada dia novas informações da entrevista com Natascha, informou que uma vez a garota conseguiu passar desapercebida até o portão da casa de Priklopil, quando de repente, ela ficou com vertigem, ficou nervosa e voltou para dentro da casa. "Era o medo de escapar, como aquelas pessoas que têm medo de deixar suas casas, mesmo quando tudo está aberto", disse a adolescente na reportagem.
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