Tailândia adia julgamento para extradição de "Mercador da Morte"
Uma corte tailandesa adiou na terça-feira a audiência sobre a extradição do suposto traficante de armas russos Viktor Bout, procurado nos EUA sob a acusação de vender armas para a guerrilha colombiana Farc.
O juiz-chefe da Corte Criminal de Bangcoc remarcou a audiência de extradição para 6 de março, porque duas testemunhas de defesa não apareceram.
Bout foi preso numa operação clandestina dos EUA em Bangcoc, em março, ao desembarcar de Moscou. Promotores norte-americanos dizem que ele trafica armas desde a década de 1990, usando uma frota de cargueiros para enviar armas à África, à América do Sul e ao Oriente Médio.
Se for extraditado para Nova York, deve ser julgado por conspiração para a venda de armas que poderiam, segundo os EUA, serem usadas para matar norte-americanos na Colômbia.
O "Mercador da Morte", como foi apelidado pela imprensa, disse na segunda-feira ao tribunal que é apenas um empresário do ramo da aviação, sem qualquer atuação ilegal. Seus advogados dizem também que sua detenção foi ilegal.
O governo dos EUA diz que ele também vendeu armas para Afeganistão, Angola, Ruanda, Serra Leoa e Sudão.