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Terremoto de magnitude 6,5 deixa mortos no Equador e Peru

Foram confirmadas 14 mortes, mas balanço pode aumentar

Por Da Redação

19/03/2023 - 6:57 h | Atualizada em 19/03/2023 - 8:26
Terremoto foi localizado a uma profundidade de 65,7 km, disse o USGS, nomeando o terremoto como um status de “alerta amarelo”
Terremoto foi localizado a uma profundidade de 65,7 km, disse o USGS, nomeando o terremoto como um status de “alerta amarelo” -

Pelo menos 14 pessoas morreram, várias ficaram feridas e edifícios foram danificados como consequência de um terremoto de magnitude 6,5 que atingiu o sul do Equador e também seu vizinho Peru, segundo registros oficiais.

O tremor ocorreu às 12h12 locais (16h12 de Brasília) e teve seu epicentro no município equatoriano de Balao, a cerca de 140 km do porto de Guayaquil, e a uma profundidade de 44 km, indicaram autoridades.

A Presidência do Equador publicou um balanço de 13 mortos: 11 na província de El Oro e dois na província de Azuay. O saldo anterior era 12. Indicou ainda que "há pessoas feridas que estão sendo atendidas oportunamente nos hospitais", mas não deu números.

Na cidade peruana de Tumbes, fronteira com o Equador, uma menina de quatro anos morreu após ser atingida por um tijolo na cabeça, de acordo com informações oficiais.

"Lá onde está a poça de sangue, estava brincando com minha outra sobrinha e um bloco caiu sobre ela", disse David Alvarado, tio da criança, à AFP.

O terremoto foi sentido com mais força no sul do Equador, onde as pessoas saíram correndo às ruas. Uma das cidades mais afetadas foi Cuenca.

"As pessoas saíam correndo, gritavam desesperadamente, todos saíam dos carros (...) desesperadas, corriam, gritavam, choravam", contou à AFP Magaly Escandón, uma vendedora de artigos de costura na cidade andina.

Em Cuenca, a fachada de uma casa desabou sobre um veículo e deixou "uma pessoa falecida". Lá perto, na província de El Oro, três pessoas morreram na queda de uma torre, indicou a Secretaria de Gestão de Riscos do Equador.

O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, viajou para El Oro, onde visitou os feridos em um hospital, e depois irá para Azuay.

“Acabei de terminar a visita à cidade de Machala (...) e ratifiquei o apoio do governo, a disponibilização de recursos”, disse Lasso num vídeo no Twitter.

Apelo à calma

O abalo sísmico deixou prédios desmoronados, paredes rachadas e veículos esmagados por escombros. No centro histórico de Cuenca, houve danos em algumas casas antigas. Algumas estradas perto do município foram bloqueadas por deslizamentos de terra.

Outras cidades também sentiram o tremor, como Quito, Manabí e Manta, segundo usuários nas redes sociais.

Mais cedo, Lasso fez pelo Twitter um "apelo à calma e a se informar por canais oficiais".

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o evento teve uma magnitude de 6,8.

Em nota, o governo do Chile expressou sua "solidariedade" com as vítimas no Equador e afirmou que até o momento não há relatos de chilenos afetados pelo terremoto.

Com menor intensidade, o terremoto atingiu a costa norte e central do Peru. Em Tumbes, afetou 46 pessoas e 12 casas, segundo relatório oficial.

Autoridades sismológicas do país relataram uma magnitude de 7,0 no momento do tremor, mas horas depois corrigiram a medição para 6,7.

Dois por ano

Desde o meio-dia, bombeiros e policiais trabalham para remover destroços e resgatar possíveis vítimas.

A memória do devastador terremoto de 2016 segue no ar no Equador. Com uma magnitude de 7,8, o sismo deixou 673 mortos e destruiu localidades costeiras, com perdas próximas dos 3,3 bilhões de dólares.

"É uma magnitude relativamente alta para o que temos no país. Na área do golfo de Guayaquil, temos tido mais ou menos desde 2017 cerca de dois terremotos com magnitude superior a 5,0 por ano", afirmou Mario Ruiz, diretor do Instituto Geofísico equatoriano, em entrevista à rádio FM Mundo.

Segundo o Instituto Oceanográfico e Antártico da Marinha do Equador, o tremor "não reúne as condições necessárias para gerar um tsunami" no Pacífico.

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