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Testosterona demais mata células cerebrais, diz estudo

Por Agência Reuters

26/09/2006 - 20:41 h

O excesso de testosterona pode matar células cerebrais, disseram pesquisadores na terça-feira, numa conclusão que pode explicar por que o abuso de esteróides provoca agressividade e tendências suicidas.



Testes em laboratórios mostraram que, embora um pouco do hormônio masculino seja bom, seu excesso causa uma autodestruição das células, num processo semelhante ao verificado em doenças como o mal de Alzheimer.



"Testosterona de menos é ruim, demais é ruim, mas na medida exata é perfeito", disse Barbara Ehrlich, da Universidade de Yale (EUA), que comandou o estudo.



A testosterona é essencial para o desenvolvimento, diferenciação e crescimento das células. É produzido por homens e mulheres, mas os homens têm cerca de 20 vezes mais.



No esporte, o uso de esteróides --que o organismo transforma em hormônio-- dá uma vantagem indevida a atletas e é punido.



"Outras pessoas demonstraram que altos níveis de esteróide podem provocar mudanças comportamentais", disse Ehrlich por telefone. "Podemos mostrar que quando há altos níveis de esteróides, há muita testosterona, e isso pode destruir as células nervosas. Sabemos que quando se perde células cerebrais perdem-se funções."



Por uma questão de justiça, a experiência foi feita também o estrógeno, o hormônio feminino. "Ficamos surpresos, pois na verdade parece que o estrógeno é neuroprodutivo. Mesmo que não for, há menos morte de células cerebrais na presença do estrógeno", afirmou ela.



Em artigo na Journal of Biological Chemistry, Ehrlich e seus colegas disseram que as pessoas devem pensar duas vezes antes de tomarem complementos de testosterona, mesmo que isso aumente a massa muscular e ajude na recuperação após o exercício.



"Esses efeitos da testosterona sobre os neurônios terão efeitos de longo prazo na função cerebral", escreveram. "Da próxima vez que um cara musculoso em um carro esporte lhe fechar na rua, não fique louco --só respire fundo e pense que isso pode não ser culpa dele", disse Ehrlich em uma nota à imprensa.



A célula exposta ao excesso de testosterona morre por um processo chamado apoptose, também chamado de "célula suicida" ou "morte programada da célula".



"A apoptose é algo importante para o cérebro --o cérebro precisa se livrar de algumas das células. Mas quando acontece com muita freqüência, você perde células demais, e isso causa problemas."

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