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Zelensky elogia a resistência da Ucrânia à Rússia um ano após massacre

Cidade de Bucha tornou-se um símbolo das atrocidades atribuídas às tropas invasoras

Publicado domingo, 02 de abril de 2023 às 15:47 h | Autor: AFP
Moscou nega qualquer envolvimento nas mortes de civis e afirma que foi uma "encenação" de Kiev
Moscou nega qualquer envolvimento nas mortes de civis e afirma que foi uma "encenação" de Kiev -

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, elogiou neste domingo, 2, os ucranianos que resistiram à "maior força contra a humanidade de nosso tempo", no primeiro aniversário da descoberta do massacre em Bucha. 

A cidade, um subúrbio ao norte de Kiev que tinha 37.000 habitantes antes da guerra, tornou-se um símbolo das atrocidades atribuídas às tropas invasoras. 

Moscou nega qualquer envolvimento nas mortes de civis e afirma que foi uma "encenação" de Kiev e seus aliados. 

O aniversário ocorre um dia depois que a Rússia assumiu a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que Kiev chamou de "tapa na cara" da diplomacia.

"Povo ucraniano! Eles resistiram à maior força contra a humanidade de nosso tempo. Eles pararam uma força que eles desprezam e que quer destruir tudo o que é importante para o povo", escreveu Zelensky no Telegram. 

"Libertaremos todas as nossas terras. Colocaremos a bandeira ucraniana de volta em todas as nossas cidades", acrescentou. Moscou ainda controla mais de 18% do território ucraniano. 

O chefe do Exército, Valery Zaluzhny, afirmou  que os soldados vão continuar a "lutar pela independência da nossa nação". 

Em 2 de abril, um grupo de repórteres da AFP entrou em Bucha e encontrou nas ruas os corpos de vinte homens com roupas de civis, um deles com as mãos amarradas nas costas, veículos carbonizados e casas destruídas.

A cena comoveu o mundo. A Ucrânia e as potências ocidentais denunciaram execuções sumárias de civis e "crimes de guerra" que, segundo o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, serão "reconhecidos pelo mundo como genocídio".

"Vitória estratégica"

Para o comandante das forças terrestres ucranianas, Oleksandre Syrsky, a retirada dos russos da região de Kiev há um ano constituiu "uma vitória estratégica" que permitiu "novas operações bem-sucedidas". 

O Exército russo retirou-se de Bucha e de toda a região ao norte de Kiev em 31 de março de 2022, pouco mais de um mês após o início da invasão. 

Desde então, quase todos os líderes estrangeiros ocidentais que visitaram a Ucrânia em demonstração de apoio também passaram por Bucha. 

Marcando o aniversário da libertação da cidade na sexta-feira, Zelensky disse esperar que a cidade se torne um "símbolo de justiça".

"O mal russo cairá, precisamente aqui na Ucrânia, e não poderá mais se levantar", declarou ele junto com os primeiros-ministros da Croácia, Eslováquia e Eslovênia e o presidente da Moldávia. 

Kiev estima o número de civis mortos no distrito durante a ocupação russa em "mais de 1.400", incluindo 37 crianças.

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