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Cidade do Saber volta a ser vitrine de oportunidades para Camaçari

Um dos maiores complexos de inclusão social da América Latina foi reinaugurado em agosto, após conclusão de obras de requalificação

Claudia Lessa

Por Claudia Lessa

28/09/2025 - 9:45 h
Nesta nova fase, estão sendo ofertadas, inicialmente, 3.030 vagas para cursos artístico-culturais, como balé, canto coral, teclado, violão, bateria, teatro, dança de salão e contemporânea, capoeira, desenho e pintura, entre outros.
Nesta nova fase, estão sendo ofertadas, inicialmente, 3.030 vagas para cursos artístico-culturais, como balé, canto coral, teclado, violão, bateria, teatro, dança de salão e contemporânea, capoeira, desenho e pintura, entre outros. -

Um dos maiores complexos de inclusão social da América Latina, localizado no município baiano de Camaçari, a Cidade do Saber foi requalificada e reinaugurada no último mês de agosto, retomando sua atuação como centro de oportunidades em educação, cultura, esporte, lazer e tecnologia, voltado à população local e da região.

Criado em 2007, com atendimento a cinco mil jovens na época, o equipamento cultural e de desenvolvimento comunitário é considerado mais que um lugar de entretenimento. É, sobretudo, um espaço de formação criado com o propósito de mudar trajetórias de jovens, reduzir desigualdades e abrir portas para o mercado de trabalho a partir de cursos e programas de capacitação oferecidos gratuitamente.

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A Cidade do Saber, projetada como espaço estruturante, disponibiliza quadra poliesportiva; piscina semiolímpica, teatro com 568 lugares; biblioteca; museu; conservatório de música; laboratório maker; salas culturais e artísticas para aulas de dança e teatro; e ateliê de artes plásticas, entre outros.

Nesta nova fase, estão sendo ofertadas, inicialmente, 3.030 vagas para cursos artístico-culturais, como balé, canto coral, teclado, violão, bateria, teatro, dança de salão e contemporânea, capoeira, desenho e pintura, entre outros.

As formações acontecem, simultaneamente, no complexo e em três equipamentos da Secretaria de Cultura de Camaçari: Pracinha da Cultura do Phoc II e nos centros culturais de Vila de Abrantes e Barra do Pojuca.

Idealizador e responsável pela construção da Cidade do Saber, no seu segundo mandato frente ao executivo municipal (2005-2012), Luiz Caetano considera que a reabertura do espaço marca o retorno das novas oportunidades de acesso a direitos da população, como educação, cultura, esporte, lazer e tecnologia.

Na reinauguração do espaço, Caetano questionou a reforma feita pelo seu antecessor e condenou o estado em que as instalações foram encontradas. “Paredes mofadas, sem luz, sem som, sem ar-condicionado e um gasto de R$ 13 milhões na reforma, sendo que toda a obra custou R$ 25 milhões”, comparou, na ocasião.

Construindo o futuro

Passado pouco mais de um mês da sua reabertura, o prefeito Luiz Caetano volta a enaltecer a importância do equipamento.

“Este é um espaço de revolução cultural, transformação social, símbolo de conhecimento, arte e formação. Camaçari sempre foi conhecida por produzir riquezas com o Polo Industrial, mas a Cidade do Saber mostra que o município também é uma potência na cultura, arte e esportes. De lá já saíram grandes artistas do teatro, da dança, da música e atletas que conquistaram o Brasil e o mundo. Poder retomar com esse projeto que eu criei, em 2007, é dar oportunidade à nossa população de ter novas experiências, construir o futuro e viver os seus sonhos”.

A secretária municipal de Cultura, Elci Freitas, considera que o retorno da Cidade de Saber reafirma seu papel como uma vitrine de oportunidades e espaço de transformação social.

“Reabrimos as portas com a oferta de cursos gratuitos e programas de capacitação, que não apenas garantem lazer e cultura, como também têm o poder de mudar trajetórias, reduzir desigualdades e abrir caminhos para o mercado de trabalho. Só nesta retomada, já disponibilizamos mais de três mil vagas em áreas que vão da formação artística e cultural, até o esporte e a qualificação profissional”.

A Cidade do Saber, acrescenta a secretária, cumpre o que está garantido na Constituição Federal ao assegurar a todo cidadão o direito à cultura e também reafirma os princípios da Carta dos Direitos Humanos, que garante o direito de toda pessoa à educação e ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades.

“Estes retornos representam a reconstrução de sonhos e a certeza de que a comunidade de Camaçari, em sua diversidade de gerações, pode vislumbrar novos horizontes a partir daqui”, pontua.

Cidadania e autoestima

As atividades esportivas também ganham protagonismo com a reabertura da Cidade do Saber. “Elas representam alegria, vitória e, acima de tudo, cidadania. É a oportunidade de resgatarmos a autoestima das pessoas, saber que elas têm novamente um espaço para desenvolver com esperança tudo aquilo que já faziam anos atrás”, considera o secretário municipal de Esporte, Lazer e Juventude, Teo Ribeiro, que avalia o momento como “mais uma conquista para Camaçari”.

O secretário Teo relembra que o espaço foi entregue à atual gestão municipal em estado de abandono.

“O governo Caetano, com sensibilidade, fez uma ampla reforma. Houve investimento e continuará havendo, porque entendemos que esporte não é despesa, é investimento. A Cidade do Saber é mais um equipamento que possibilita às pessoas praticarem esporte, seja por saúde, por rendimento ou simplesmente por prazer. É um espaço de acesso democrático, que fomenta o esporte e amplia as oportunidades para atletas e para a população em geral”, diz.

Patrimônio educacional e cultural

Além da retomada das atividades, a ideia, segundo seus gestores, é buscar parcerias com instituições de prestígio, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Senai-Cimatec), a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e o Instituto Federal da Bahia (IFBA), visando desenvolver capacitação em tecnologia e uso de inteligência artificial, “preparando os jovens da cidade para um novo momento, aproveitando, inclusive, a presença da empresa BYD”, como disse o prefeito Luiz Caetano, na ocasião da reinauguração da Cidade do Saber.

O secretário municipal da Educação, Márcio Neves, ressalta que a Cidade do Saber é um dos grandes patrimônios educacionais e culturais de Camaçari.

“Este complexo é um símbolo do nosso compromisso com a educação pública de qualidade, que valoriza a criatividade, a diversidade e a construção coletiva do saber. É um orgulho de Camaçari e um exemplo de como a educação pode ser inovadora, inclusiva e profundamente ligada à nossa comunidade”, avalia.

Ainda segundo o gestor, mais do que um centro de cultura, o equipamento é um espaço vivo que acolhe as escolas, oferecendo às crianças, aos jovens e aos educadores a oportunidade de vivenciar experiências lúdicas, criativas e transformadoras.

“Aqui, o conhecimento se mistura com a arte, o esporte e a cultura, fortalecendo não apenas o aprendizado em sala de aula, mas também a identidade e o sentimento de pertencimento à nossa cidade. Cada atividade realizada amplia horizontes, desperta talentos e incentiva a imaginação, contribuindo para a formação integral dos nossos estudantes”, complementa.

Complexo promove conhecimento e experiências culturais

Com o objetivo de promover a formação e o desenvolvimento das pessoas, proporcionando acesso a várias formas de conhecimento e experiências culturais, a Cidade do Saber dispõe de uma programação que envolve desde cursos de capacitação a apresentações artísticas, com acessibilidade ao público em geral. Já em relação ao esporte, os interessados pela prática podem escolher uma delas entre as dez modalidades disponíveis.

Desde que foi reaberto, no mês passado, a Cidade do Saber já sediou eventos como o Ballace Festival Nacional de Dança, conhecido por reunir performances, concurso, mostras, oficinas, bailarinos e amantes da dança de todos os cantos do país.

No teatro, a pauta já contou com a apresentação do espetáculo “Los Catedrásticos”, montagem baiana de sucesso desde 1989, quando foi criada. O espaço já recebeu também a comediante, cantora e atriz Nany People com seu show de humor “Ser mulher não é para qualquer um”, comemorativo aos seus 50 anos de carreira.

Ex-aluno da Cidade do Saber, Silas Menezes, 31, hoje ator e professor de Teatro, conta que o complexo o aproximou de tudo que mais queria: ser artista e viver de sua arte.

“Foi um encanto quando tudo começou. Eu já fazia Canto Coral com a minha mãe, com o maestro Eudes Lindemberg, no antigo Teatro Magalhães Neto, hoje Alberto Martins. A Cidade do Saber foi inaugurada em 2007 e eu tinha 13 anos, com um monte de sonho e alguns personagens na bagagem (Castro Alves e Chacrinha, entre outros). Percebi que, naquele momento, a possibilidade de impulsionar o meu sonho era real”, recorda.

Levado à “fábrica dos sonhos”, na época, pela irmã mais velha, Michele, Silas conta que, ao se deparar com o espaço, achou tudo grandioso.

“Eu me vi como um grão de areia no meio de tanta gente talentosa sendo conduzida por uma prática teatral pelo professor Tato Tavares. Lembro que fazíamos esculturas. Era uma espécie de fazer obras de arte, mas a matéria-prima era o corpo, e o tempero vinha na criatividade de cada um. Continuei com esse encanto pelas mãos do super escultor teatral em Camaçari, Maick Barreto, a quem devo muito do que sou hoje”, conta ele, que se graduou na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), se tornando professor, mas seguindo como artista multifacetado, se “aventurando nos palcos, nas ruas e nas telas”.

O professor de Dança de Salão da Cidade Saber, Daniel Andrade, também é um entusiasta do equipamento.

“Falar da retomada desse espaço me traz uma alegria muito grande, porque era o anseio de toda uma população ver esse espaço de portas abertas novamente, pulsando arte, cultura e esporte. A Cidade de Saber tem um impacto transformador na vida de todas as pessoas, sejam crianças, adolescentes ou da terceira idade, que aqui entram para fazer essas atividades. É um centro que pulsa vida, esperança, amor, acolhimento”.

Modalidades esportistas

As dez modalidades esportistas disponibilizadas estão distribuídas por faixa etária. Por exemplo, hidroginástica (18 a 45 anos; 46 a 65 anos; 66 a 70 anos; e acima de 70 anos), basquete (12 a 17 anos), natação (a partir de 10 anos), boxe (10 a 17 anos), jiu-jitsu (6 a 17 anos), karatê (6 a 17 anos) e vôlei (9 a 17 anos). A ideia, conforme os organizadores, é ampliar o quadro de oferta gradativamente.

“O esporte é uma ferramenta de educação, saúde, segurança e cidadania. Forma pessoas disciplinadas, fortalece valores e contribui para o crescimento da nossa sociedade”, assegura o secretário municipal de Esporte, Lazer e Juventude, Teo Ribeiro.

O gestor conta que, o primeiro semestre foi dedicado à “arrumação a secretaria” que, segundo ele, foi entregue “bastante comprometida”. Para o segundo semestre, “estamos mais esperançosos de realizar grandes investimentos no esporte, com entrega de equipamentos reformados e prontos para serem utilizados pelo povo de Camaçari”.

Conforme a gestão, cada interessado pode se inscrever em até duas modalidades, sendo uma na área da Cultura e a outra na de Esporte. Está garantida a cota de 20% das vagas para Pessoas com Deficiência (PcD) em cada turma, mediante apresentação de relatório médico. Além disso, as modalidades seguem rigorosamente as faixas etárias definidas no ato da matrícula.

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