INVESTIMENTO
Oeste baiano ganha biorrefinaria de etanol de grãos, em aporte de R$ 1,3 bilhão
Biorrefinaria tem perspectiva de iniciar em dezembro e gerar neste período 2.500 vagas de emprego
Em 32º lugar da lista entre os municípios que mais se destacaram no ano passado no agronegócio brasileiro, Luís Eduardo Magalhães somou um valor de produção de R$ 2,7 bilhões em 2023. Embora não esteja entre os primeiros, é uma das principais referências do agro regional e estadual.
O município concentra as principais revendedoras de máquinas e implementos agrícolas da região do Matopiba, além de agroindústrias do segmento do algodão, milho e soja. Dará mais um salto com a chegada da biorrefinaria Inpasa, que vai produzir etanol e outros subprodutos.
A expectativa é de investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão para a construção da unidade, com perspectiva de iniciar em dezembro e gerar neste período 2.500 vagas de emprego. A unidade de LEM é a oitava da Inpasa, a primeira da empresa no Nordeste e deve entrar em operação no primeiro trimestre de 2026, gerando cerca de 450 empregos diretos e 1.500 indiretos.
Originária do Paraguai a indústria é considerada a maior biorrefinaria de etanol de grãos da América Latina, utilizando milho e sorgo na produção de biocombustíveis, DDGS, óleos vegetais, bioeletricidade e biogás.
Valor agregado
Segundo o prefeito local, Júnior Marabá, a instalação de mais uma agroindústria deve ter impacto significativo na economia, “porque não estaremos mais produzindo e exportando apenas grãos, mas produzindo e exportando também produtos com valor agregado”.
Para ele, o empreendimento significa um “marco temporal na história do município que começou o crescimento do agronegócio nas décadas de 80 e 90, e fez com que Luís Eduardo seja hoje a cidade que mais cresce na Bahia, e a quinta economia do Estado”, afirmou.
Diretor de Desenvolvimento da Agricultura da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), Assis Pinheiro pontuou que é importante levar o desenvolvimento econômico para o interior, descentralizando as atividades de Salvador e região metropolitana.
Ele destacou que as agroindústrias contribuem com o desenvolvimento, pela distribuição de renda e geração de empregos. Para o futuro próximo citou as negociações para introdução de um parque citrícola no estado, com instalação de empresas esmagadoras de frutas para exportação, dentre outros empreendimentos e novos investimentos em variados setores.
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