DESCASO
Vítima de acidente em ônibus do TFD de Jequié vive em vulnerabilidade
Zeuzeni Machado da Silva, 60 anos, sofreu fraturas graves no crânio, incluindo lesões irreversíveis da visão
Por Rodrigo Tardio

O pesadelo da família da Sra. Zeuzeni Machado da Silva, 60 anos, iniciou uma viagem, no último dia 2 de fevereiro de 2024, quando o ônibus da Empresa 'Maracas Viagens & Transportes LTDA', contratado pelo município de Jequié, o qual transportava passageiros do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), sofreu um grave acidente no Km 587 da BR-324, em Candeias, Região Metropolitana de Salvador. Zeuzeni sofreu traumatismo cranioencefálico moderado, fraturas no crânio, entre outras sequelas graves, incluindo lesões irreversíveis da visão.
No documento expedido pela Justiça, os réus apontados no processo são: o secretário de Saúde, Marlon Pereira dos Santos, Lillyyan Lago Dias, proprietário da Empresa Maracas Transporte e Antônio Carlos Oliveira de Almeida.
A família alegou não ter recebido qualquer indenização ou assistência dos réus, o que levou a vítima a conviver em situação de vulnerabilidade, necessitando de tratamento médico e cuidados especiais.
A família diz ainda que valores foram repassados de forma irregular ao filho da vítima, a qual teria sido abandonada por parte dos responsáveis pelo acidente, uma vez que os danos causados não foram reparados.
Zeuzeni necessita de tratamento específico e medicamentos, os quais, de acordo com a Justiça, estão sendo negligenciados pelos réus, acusados de pagarem valores ao filho da vítima, Lucas, que esta sem poder trabalhar para cuidar da mãe.
A Justiça determinou aos réus, oferecer todo o tratamento necessário a recuperação da autora, com pagamento no valor de 2 salários mínimos, enquanto durar o reestabelecimento do estado de saúde da autora, bem como disponibilizar todo o tratamento necessário ao momento atual, medicamentos, fonoaudiólogo, neurologista, fisioterapeuta, protético, como transporte Às consultas médicas, entre outras ações que sejam úteis ao tratamento.
A família acusa ainda, que o prefeito de Jequié, Zenildo Brandão Santana, Zé Cocá (PP), Marlon Pereira dos Santos, Lillyyan Lago Dias, que são proprietários da empresa Maracas Transporte e Antonio Carlos Oliveira de Almeida, pararam de repassar o valor mensal ao filho da autora.
O advogado da família, Dr. Abdijalili Belchot, pede, na causa, o valor de R$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais), para fins fiscais, pensão vitalícia e ainda que o Ministério Público do Estado da Bahia, apure as condutas do representante da empresa, Antonio Carlos Oliveira de Almeida, e o secretário de Saúde, Marlon Pereira dos Santos, com o pedido inclusive de afastamento imediato do cargo.
O contrato da Prefeitura de Jequié com a Maracás Transportes , o qual ultrapassou os R$ 4 milhões de reais, foi firmado em junho de 2022. À época, o Diário Oficial local apontava que a empresa seria responsável pelos "serviços de locação de veículos, com motorista e sem motorista, sem abastecimento de combustível, com seguro, de forma continuada, para atender às necessidades dos diversos setores da Prefeitura".

Procurado pela reportagem, o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), não respondeu aos questionamentos.
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