MÚSICA
Casa da Ponte lança oito orquestras afrobaianas hoje
Cada orquestra será “entregue” a uma instituição cultural soteropolitana
Por Redação
Músico da BaianaSystem e maestro da Orquestra Afrosinfônica, Ubiratan Marques é também o homem à frente da ONG Casa da Ponte, que atende cerca de 1.500 alunas e alunos, de todas as idades, no projeto Ponte Para a Comunidade - Orquestras Afrobaianas. Hoje, parte desses jovens se apresentam na Concha Acústica, lançando oito Orquestras Afrobaianas.
Cada orquestra será “entregue” a uma instituição cultural soteropolitana. São elas: Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Olodum, Malê Debalê, Banda Didá, Pracatum, Cortejo Afro e Grupo Étnico Cultural.
O concerto terá ainda a participação da própria Orquestra Afrosinfônica, a primeira do gênero do país, que será a base para a execução do repertório. A direção artística é de Ubiratan Marques, Filipe Cartaxo e de Russo Passapusso, vocalista da BaianaSystem.
Russo e ‘Batuquerê’
No palco, Russo vai mandar a música Batuquerê, uma das faixas do novo trabalho da BaianaSystem. Esta música, de autoria de Russo, maestro Bira e Antônio Carlos & Jocafi, foi gravada junto com o coral de alunos dos polos, na Igreja Rosário dos Pretos, Pelourinho.
“Batuquerê sela essa convivência de 15 anos da BaianaSystem, um trabalho coletivo muito forte, que renova esses processos que estamos vivendo”, afirma Russo.
“Nessa trinca (junto com Maestro Bira e Filipe Cartaxo), trabalho junto com as minhas possibilidades de preencher com as palavras tudo que eles oferecem. Cartaxo é um sintetizador de expressões artísticas visuais e o maestro Bira é um grande arranjador, que enxerga música em tudo, olha para cima e vê letras voando”, brinca Russo.
Russo acompanha o trabalho da Casa da Ponte, que disponibiliza cursos de percussão afro, percussão sinfônica, sopros, violão e canto coral, desde o início. A entidade sociocultural oferece ainda cursos de piano, contrabaixo acústico, guitarra e violoncelo no polo de ensino Casa da Ponte, no Largo do Pelourinho, nº 10, através da sua escola de música, o NMM - Núcleo Moderno de Música.
“A Casa da Ponte é como um rio que desemboca no mar ali dentro do Pelourinho. Mostra a resistência de todos os movimentos que o maestro Bira já passou: o samba reggae como o futuro, as inovações, as transformações e mutações da música e da cultura baiana”, observa o cantor.
“Ali dentro tem sonhos fortes, potentes, de cada pessoa que sai de sua comunidade para tocar um instrumento. Virar um grande sonhador e o sonho faz a gente cada vez mais renovar o espírito de entendimento do que a cultura pode transformar “, diz Russo.
Assim como em todo o projeto, a Casa da Ponte oportuniza o aprendizado com professores especializados que, além da experiência pedagógica, são referência no mercado musical. Entre eles, grande nomes, Mou Brasil (guitarra), Érica Sá (percussão) e Luciano Chaves (sopros).
Projeto socioeducativo, o Ponte para Comunidade surgiu com a intenção de interferir no cenário musical por meio da valorização da cultura de matriz africana e indígena. As Afrobaianas têm o mesmo propósito da Afrosinfônica, orquestra criada pelo Maestro Ubiratan Marques há 15 anos.
Com o patrocínio do Nubank, o maior projeto de acesso à música na Bahia se tornou realidade através da aprovação pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura.
CONCERTO PONTE PARA A COMUNIDADE – ORQUESTRAS AFROBAIANAS / Hoje, 19h / Concha Acústica do TCA / Ingressos Gratuitos: retirar na plataforma Sympla / Classificação: Livre
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