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Queda do PIB era esperada, diz secretário do Planejamento de MG

Publicado sexta-feira, 29 de maio de 2015 às 14:10 h | Atualizado em 19/11/2021, 06:51 | Autor: Suzana Inhesta, correspondente | Estadão Conteúdo

O secretário de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, Helvécio Magalhães, disse que a queda do PIB no primeiro trimestre de 2015 já era esperada diante da diminuição do ritmo de crescimento da economia nacional observada no quarto trimestre. "É possível ainda que tenhamos nova queda do PIB nacional do segundo trimestre. Esse movimento pendular para baixo da economia vai perdurar por um tempo até a aprovação das medidas de ajuste fiscal, da eventual melhora de fundamento das economias mundiais, e a própria equação do balanço da Petrobras, a retomada do fluxo de investimento direto - que não é ideal, mas já é razoável para o Brasil -, as tratativas com o governo chinês e as iniciativas que vão se consolidar com a União Europeia", afirmou a jornalistas, no Fórum Dialoga Brasil Sudeste, debate com a sociedade civil para a construção do Plano Plurianual 2016-2019, nesta sexta-feira, 29. Ele acredita que o crescimento da economia se dará a partir do segundo semestre.

Segundo Magalhães, a atividade mineira tende a apresentar uma queda mais acentuada no período, devido ao perfil da economia do Estado. "Temos uma economia sem diversificação, muito prisioneira às commodities, principalmente minério de ferro, e ao agronegócio. Estamos reféns por falta de projeto de planejamento econômico. Tudo leva a crer que o primeiro e o segundo trimestres serão piores que o nacional", declarou, ressaltando que a médio prazo o governo vai trabalhar para a diversificação da economia do Estado.

O secretário disse que o acordo recente do governo federal com a China tem potencialidade para Minas em aumentar o fluxo de negócios com minério, que já é tradicional, mas também na construção da rodovia transoceânica, que cortará o Estado e permitirá o escoamento de minério diferenciado do Vale do Jequitinhonha e norte do Estado via porto de Ilhéus (BA). "Outra possibilidade, mas para o médio e longo prazo, é uma ferrovia que ligaria o Triângulo Mineiro e noroeste, onde há concentração da produção de grãos, para a Zona da Mata, onde existe um polo suinocultor, grande consumidor do insumo", informou.

PMI, Rodoanel e Hospitais regionais

Magalhães comentou que o objetivo do governo é lançar os editais de concessão dos 28 mil quilômetros de rodovias do Estado no início de 2016. Neste mês, o governo publicou Programa de Manifestação de Interesse (PMI) com o prazo de recebimento das propostas de interesse em 16 de novembro.

Sobre o Rodoanel Norte, cujo processo para viabilizar a obra começou no ano passado, com edital e entrega de projetos, o secretário avisou que será publicado o cancelamento da concessão. "Do jeito que ela foi feita, há muita irregularidade, tem sobrepreço possível que será investigado e é enorme", explicou. Entretanto, até o final de junho, será lançado outro edital para o projeto, com a conservação do mesmo traçado.

Já sobre o Rodoanel Sul, Magalhães informou que o governo federal está terminando as decisões para a obra e que ela será realizada. E com relação ao início da construção dos hospitais regionais, o secretário prevê a retomada de todos para até o meio do ano.

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