RACISMO
Homem negro acusado de furto pede indenização de R$ 1 milhão
Luiz Fernandez diz ter sido acusado injustamente após comprar uma mochila na loja Zara, em Salvador
Acusado de furtar uma mochila na loja Zara, no Shopping da Bahia, em Salvador, um homem negro natural de Guiné Bissau vai pedir indenização de R$ 1 milhão em processo movido na Justiça.
Luiz Fernandes Júnior, de 28 anos, comprou uma mochila no valor de R$ 329, foi sacar o dinheiro em caixa eletrônico e voltou. Ao perceber que poderia perder o ônibus, deixou o local apressado.
No entanto, quando notou que estava sendo seguido por um segurança, entrou no banheiro. No local, foi coagido pelo funcionário que, segundo ele, não quis nem ver o comprovante de que tinha comprado a mochila.
"Eu dizia que tinha como provar que paguei pela mochila, mas ele não queria saber. Disse que eu tinha roubado e foi ficando com o tom de voz cada vez mais agressivo. Senti que ele podia atirar em mim ali mesmo, dentro do banheiro, e depois justificar que eu tentei atacá-lo. Senti medo de morrer”, disse Fernandes Júnior em conversa com o UOL.
Ele registrou uma ocorrência na delegacia e contratou um advogado Thiago Thobias, de São Paulo, ligado à Educafro, entidade que promove o acesso de jovens negros ao ensino superior gratuito. Luiz é aluno de pós-graduação na capital baiana.
A defesa do estudante alega que o pedido de indenização é uma tentativa de "educar pelo bolso" para punir um caso de racismo.
“Se tivermos que educar pelo bolso, vamos educar pelo bolso”, disparou.
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