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Suposto urânio encomendado pelo PCC é uma rocha comum

Polícia apreendeu material com 2 suspeitos em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo

Publicado quinta-feira, 14 de abril de 2022 às 10:12 h | Atualizado em 14/04/2022, 10:30 | Autor: Da Redação
Dois homens foram presos portando o material, em Guarulhos (SP)
Dois homens foram presos portando o material, em Guarulhos (SP) -

Após análises realizadas pelo Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), divulgadas nesta quarta-feira, 13, constatou, por meio de um laudo técnico, que o material ofertado por dois homens como urânio, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, não passa de uma rocha comum.

A Polícia Civil apreendeu 1 kg de urânio bruto, no último dia 8, após receberem uma denúncia de que suspeitos estariam vendendo urânio. Como a exploração do metal é de responsabilidade da União, a Polícia Federal assumiu a investigação para saber se o crime tem ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Um homem, que disse trabalhar na área de metais e minerais, procurou a delegacia e afirmou ter recebido uma proposta para comprar, ilegalmente, "material radioativo". O autor da denúncia acrescentou que os suspeitos propuseram, por meio de mensagens de texto, vender o material "utilizado para dispositivos bélicos", de acordo com registros policiais, por US$ 90 mil o quilo (cerca de R$ 422 mil).

Agentes da polícia foram até uma casa no bairro Vila Barros, em São Paulo, e prenderam dois suspeitos em flagrante. Com eles, havia um quilo do material denominado, a princípio, como artefato nuclear.

A dupla afirmou que teria um quilo do produto, disponível como amostra, e que dispunham em estoque de duas toneladas do material. O suspeito de 41 anos relatou, em depoimento, ter trazido o urânio do Acre para São Paulo e que receberia R$ 10 mil pelo serviço.

Após análises do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, o material apreendido pela polícia,  contém compostos de silício, alumínio, potássio, cálcio e ferro, "comuns em rochas e solo" e "não indica a presença de urânio", não oferecendo "qualquer ameaça à saúde".

A afirmação foi feita com base em um laudo de análise química semiquantitativa e de análise radiométrica.

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