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Temos estoque de fertilizantes, diz ministra da Agricultura

Com a sanção da União Europeia sobre Belarus, cogitou-se a possível falta de fertilizantes no Brasil

Publicado quarta-feira, 02 de março de 2022 às 18:50 h | Autor: Da Redação
Segundo Tereza Cristina, o produto de maior preocupação do governo brasileiro é o potássio, mas este já está sendo providenciado do Canadá.
Segundo Tereza Cristina, o produto de maior preocupação do governo brasileiro é o potássio, mas este já está sendo providenciado do Canadá. -

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse em entrevista à CNN Brasil nesta quarta-feira, 2, que, apesar da "forte dependência" da importação do adubo NPK (nitrogênio, fósforo e Potássio), o Brasil tem "estoque de passagem" do insumo.

"Estamos conversando com a Associação Nacional de Adubos (Anda), que tem estoque da passagem para chegarmos até a próxima safra, em outubro", afirmou a ministra. “Os agricultores já compraram fertilizantes para esta safra. Já tem gente com produto na propriedade”, completou.

Segundo Tereza Cristina, atualmente o produto de maior preocupação do governo brasileiro é o potássio. “Importamos mais de 90% do potássio que consumimos. Este é o produto com o qual temos mais preocupação e por isso é que, já prevendo isso, estávamos articulando com outros países produtores, como o Canadá, maior produtor mundial de potássio", disse ela.

De acordo com Tereza Cristina, o porcentual de dependência do Brasil da Belarus "não era baixo" em relação à importação de fertilizantes. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, Belarus contribui com cerca de 20% do cloreto de potássio importado anualmente pelo Brasil, do total de aproximadamente 12 milhões de toneladas internalizadas por ano.

A ministra soube nesta quarta sobre a informação de que a Belarus está sofrendo uma sanção da União Europeia, já que se mostra alinhada com a Rússia na crise com a Ucrânia. Para ela, a preocupação maior é com os preços dos fertilizantes, que, antes mesmo da crise Rússia/Ucrânia, já estavam em patamares bastante altos. "Uma preocupação global, que não é só do Brasil. Mas estamos acompanhando", afirmou Tereza Cristina.

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