OLHAR RUBRO-NEGRO
A atuação que faltava
Por Jornalista l [email protected]

Antes da partida de ontem, o Vitória de Argel vinha de uma temporada de dez triunfos, um empate e apenas uma derrota. Mas o aproveitamento de pontos acima da média não vinha acompanhado de um futebol convincente. Vejam como são as coisas. Justamente numa partida que não venceu, o Leão convenceu. Fez sua melhor apresentação no ano, com postura inteligente, só deixando de derrotar o Vasco por conta da arbitragem.
Bem postado, o Vitória sofreu pouco, mesmo atuando a maior parte do tempo com um homem a menos, após expulsão mal decidida pela arbitragem. Com dez em campo, fez um gol no segundo tempo, teve chance de ampliar e deixou a vitória escapar nos acréscimos, após a arbitragem mais uma vez errar, ao marcar como pênalti uma falta cometida fora da área. Não veio o triunfo, porém o empate com gols abtre excelente perspectiva para garantir a vaga no Barradão, onde derrotou o Vasco em dez dos onze confrontos, tendo empatado uma vez. Ou seja, nunca perdeu para o cruzmaltino em seu estádio.
O Vitória fez um primeiro tempo dentro do esperado. Mais retraído, recebendo uma pressão inicial e à espreita para encaixar um contra-ataque. Nesse propósito, até que se houve bem. Criou até mais oportunidades que o adversário: duas contra uma dos cariocas. Uma com Paulinho, outra com Gabriel Xavier.
O Vasco teve apenas uma chance, graças ao seu jogador mais lúcido, Nenê, mal concluída por Thales. O lance surgiu no ponto fraco baiano, o lado esquerdo da defesa, amarelado com Euller e Willian Farias. Punidos, ficaram receosos de marcar com mais rispidez.
O confronto se encaminhava para encerrar sua primeira etapa, quando a arbitragem errou. Por mais imprudente que seja em sua carreira, Euller foi expulso de modo equivocado, ao receber o segundo cartão amarelo. Mesmo que tivesse sido falta, não era para advertência. Futebol é um esporte de contato e, caso o toque do lateral em Kelvin houvesse acontecido, teria sido normal de jogo. Lá vinha pela frente toda a segunda etapa com um jogador a menos.
Tão complicado quanto engolir a falha de arbitragem foi aturar os comentários de Edmundo na Fox Sports. Qualquer profissional de imprensa tem um time de coração e todos sabem que o ‘Animal’ é vascaíno. Mas ontem o cara estava demais. Parecendo viver em um mundo paralelo, afirmou que o limitado time do Vasco tinha equipe para vencer o Leão com relativa tranquilidade e viu o jogo com o espírito de torcedor. Que dureza...
Para o segundo tempo, o fraco rendimento de Paulinho já impunha sua saída. Com um a menos, tinha realmente que ser ele o sacrificado para a entrada de Gefferson, recompondo a defesa. Aqui, um parêntese. Enquanto a chegada do seguro Patric deu mais tranquilidade no lado direito (por onde o Vasco não atacou uma vez sequer na primeira etapa), o mesmo não se pode dizer da lateral-esquerda. Tanto Euller como Geferson estão longe de ser solução para o setor.
O melhor: Patric
Sobre Patric, foi o melhor em campo ontem. Não só pelo gol. Firme na marcação, foi opção ofensiva em diversas ocasiões, com fôlego para subir e descer. Sua atuação mostra a importância de um lateral eficiente em qualquer equipe no futebol de hoje e porque tanto se clamava pela contratação de alguém confiável. Para a esquerda, insisto, falta um nome à altura.
Curiosamente, o lance que evitou o triunfo do Leão ocorreu no setor de Patric, mas não por sua culpa. Falha de David, que errou tudo o que tentou no ataque e, de lambuja, cometeu falta boba. Fora da área, ainda assim, lance infantil. Tem nada não. A decisão será na Toca e a vaga se abriu para o rubro-negro, caso repita a atuação confiante de ontem.
Saudações Rubro-Negras, hoje e sempre!
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