OLHAR RUBRO-NEGRO
Banzo rubro-negro
Por Jornalista l [email protected]
Estamos no mês de maio, que marca o aniversário de 119 anos do Vitória, no próximo dia 13. Mas o torcedor rubro-negro tem que se esforçar para encontrar motivos de comemoração atualmente. As notícias não têm sido alvissareiras, muito antes o contrário. O que se vê é um clima de pessimismo generalizado, puxado em grande parte pelo fraco desempenho do carro-chefe da instituição, o time de futebol, contaminando a coletividade rubro-negra.
Claro que é preciso podar os exageros dos críticos. Isso inclui filtrar interesses obscuros daqueles que dosam suas queixas conforme o sabor das benesses recebidas. Ainda há a turma que aguarda uma fase ruim para afirmar que os candidatos X ou Y, derrotados nas eleições, fariam melhor. Sim, isso é verdade. Assim como o péssimo momento vivido pelo Vitória na relação com o seu torcedor, desacreditado de tudo o que vem da alta cúpula leonina. Insisto: o frequentador de arquibancada quer saber é de time jogando bem em campo, o que não ocorre desde o segundo semestre de 2015. O resto é secundário.
Presidir um clube do porte do Vitória, com todas as suas peculiaridades, não é tarefa das mais tranquilas. É complicado gerir um clube com recursos em quantidade menor que a necessária para suprir a imediata necessidade de glórias de seus torcedores, contratando e mantendo bons jogadores no elenco, ganhando títulos relevantes. Mas creio que o presidente Ricardo David sabia a dimensão dessa missão antes de postular o cargo pela segunda vez e ganhar a eleição em dezembro passado. Não vale reclamar das cobranças agora.
Não conheço os meandros da administração rubro-negra. Pode ser que o clube esteja com uma dívida controlável e as finanças em dia. Mas e a gestão do futebol? Contratações equivocadas, apostas mais que incertas e a demora de tomar decisões necessárias. Por exemplo, cito o lateral-direito Lucas.
Deixo claro o respeito ao profissional e ser humano. Ora, sua chegada já foi cercada de senões, pelo fraco desempenho mostrado nos últimos anos. Jogou pouco e pouco jogou. Hoje, Mancini usa um volante improvisado na posição, José Welison. Antes de machucar, o improvisado era outro volante, Rodrigo Andrade. Para o setor, foi contratado recentemente Jeferson. Ou seja, falta o quê para concluir que Lucas foi reprovado na Toca e rescindir seu contrato?
Pior custo-benefício
O mesmo vale para a situação de Cleiton Xavier, frequentador assíduo do Departamento Médico. Maior salário do elenco e contratado na gestão anterior, o meia talvez seja o pior custo-benefício da história do clube. Que tal contratar um negociador independente ou escritório de advocacia para tratar sua saída do clube? Ficaria mais em conta.
O baixo-astral no futebol também atingiu outro setor que vinha dando alegrias: o basquete. O projeto de três anos não gerou o título do NBB, mas é vitorioso. Retomou a tradição poliesportiva do Vitória, fundador de várias modalidades no estado, influenciou positivamente a juventude da populosa Cajazeiras, onde o time joga, e alcançou os play-offs em todas as temporadas. Isso sem falar na exposição da marca do clube. Uma lástima o fim da parceria com a Universo. Não ficou claro se por desinteresse do Vitória ou da universidade.
Só um fato novo poderoso é capaz de reverter o quadro de banzo em que se encontram os torcedores. A injeção revitalizante imediata que me ocorre seria a passagem de fase na Copa do Brasil, contrariando as perspectivas mais realistas. Eliminar o Corinthians fora de casa seria o desfibrilador para os corações rubro-negros, tão maltratados ultimamente.
Saudações Rubro-Negras, hoje e sempre!
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