OLHAR RUBRO-NEGRO
Hora do apoio irrestrito
Por Jornalista l [email protected]
Esqueça o futebol pobre apresentado pelo Vitória na maior parte da temporada e a curva descendente nos últimos jogos. Deixe de lado a mágoa das eliminações da Copa do Brasil e Copa do Nordeste e o semestre praticamente desperdiçado, com a aposta na manutenção de um treinador que nos legou um time sem ideia de jogo ou esquema tático definido. Ignore a insistência na escalação de jogadores improdutivos, que já teriam sido execrados pela torcida se fossem pratas da casa. Dê um tempo em todas as queixas pelo menos até a noite do próximo domingo. Nesse dia, todas as energias devem estar catalisadas para um único objetivo: ser campeão.
O Campeonato Baiano é uma competição deficitária, carente de atrativos, com times interioranos praticamente semi-amadores e que há muito tempo não revela jogadores que possam ser chamados revelações. Tudo verdade. Porém, no momento de se levantar a taça, tudo isso é esquecido pela torcida campeã. Durante a celebração da conquista, as críticas ficam restritas aos torcedores das equipes derrotadas. Só festeja quem ganha.
O Estadual é a chance derradeira de salvar o primeiro semestre rubro-negro, numa temporada que se anunciava promissora. Com tantos erros acumulados, o que se busca agora é a contenção de danos maiores. Não se vai recomeçar do zero, mas é quase isso em termos de formação de time. Ganhar o Campeonato Baiano, sem dúvida, ajudaria na recuperação da auto-estima com vistas à disputa da competição mais importante do ano, o Campeonato Brasileiro, brevemente em cartaz.
O contexto que cerca essa decisão também aguça o desejo pela conquista da 29ª taça estadual. O clima de guerra criado pela direção do arquirrival, expressa até em publicações oficiais do clube de Lauro de Freitas em redes sociais, acirrou os ânimos. Após inflamarem o pré-jogo, chorando erros de arbitragem e insinuarem que seria preciso agradar de alguma maneira instâncias como FBF e CBF para vencerem clássicos, ganharam na bola e com justiça a vaga na final do Nordestão.
O problema é que a sequência de pancadas aplicadas pelo Leão transformou o rival num mau ganhador. Sobraram provocações gratuitas na saída de campo e o barraco fechou no caminho aos vestiários. A provocação veio, inclusive, por parte da Arena Fonte Nova, soltando gracinhas no placar eletrônico por conta da queda de energia no Barradão, dias antes. Mais um argumento para os que defendem a ideia de não jogar por lá como mandante. Até porque o estádio precisa mais do Vitória que o contrário, afinal temos casa.
No final das contas, a eliminação no Nordestão nos prestou um favor em médio prazo. A queda de Argel era questão de semanas ou dias. Ela só foi antecipada. Mesmo com o empenho do treinador à beira do campo e a gratidão por ter contribuído para evitar o rebaixamento em 2016, a verdade é que sua gestão foi merecidamente criticada. Os números positivos esconderam um futebol pobre e que não agradou. Argel não aguentaria as primeiras rodadas da Série A.
Domingo valerá o famoso ditado “calça de veludo ou bumbum de fora”. Só existe a possibilidade de ser campeão invicto, pois a derrota daria a taça ao visitante. Vale para comemorar, fechar a melhor campanha com chave de ouro e assumir a liderança em conquistas estaduais na década, ora empatada com o rival. As cobranças ficam para depois. Que venha o bi!
Saudações Rubro-Negras, hoje e sempre!
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